
Mobilada com cadeiras de cerejeira e mesas de madeira dispostas em duas filas de diferentes níveis, a Capela Sistina recebeu os 133 cardeais eleitores de 70 países que se reuniram em conclave na tarde de 7 de maio. Exatamente 4.439 dias após o início do precedente, que elegeu Francisco em 2013, os purpurados congregaram-se sob o maravilhoso afresco do Juízo Final para oferecer à Igreja o 267º bispo de Roma.
Diante do altar, uma mesa de madeira para a urna, onde foram recolhidas as cédulas com os votos, e uma estante com o Evangelho sobre o qual os cardeais prestaram o juramento. O encontro com os participantes foi às 16h15 na Capela Paulina, na primeira galeria do Palácio Apostólico do Vaticano, de onde partiu a procissão ao som da Ladainha dos Santos. Tendo chegado à Capela Sistina, depois a entoação do Veni Creator, os cardeais juraram sobre o livro do Evangelho aberto.
Os eleitores não caminharam sobre o piso “cosmatesco” da Capela, mas sobre uma estrutura plana de madeira, a uma altura de 50-60 centímetros do chão e alinhada com o segundo degrau do altar.
O conclave começou oficialmente somente no final do juramento, com a frase conclusiva Extra omnes («Todos fora») proferida pelo arcebispo Diego Ravelli, mestre das Celebrações litúrgicas pontifícias.
Em seguida, o cardeal capuchinho Raniero Cantalamessa dirigiu aos eleitores uma meditação sobre a gravíssima tarefa que os esperava e sobre a necessidade de atuar em tudo com reta intenção na eleição do Romano Pontífice, procurando cumprir apenas a vontade de Deus e visando unicamente o bem de toda a Igreja. No final, também o idoso purpurado e o mestre das Celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice saíram da Capela; as portas foram fechadas e colocaram-se guardas em todas as entradas da Capela Sistina.