A primeira saída dos muros do Vaticano

 A primeira saída  dos muros do Vaticano  POR-006
14 maio 2025

Isabella Piro

«Muito obrigado»: com afeto e gratidão, o Papa Leão XIV dirigiu-se aos residentes do Palácio do Santo Ofício na noite de quinta-feira, 8 de maio. Poucas horas depois da eleição para a Sé de Pedro, na sua primeira saída dos muros do Vaticano, o novo Pontífice foi ao local onde viveu durante os últimos dois meses — ou melhor, «sete semanas», como ele próprio especificou —, no qual uma simples placa num pequeno portão de entrada ainda diz «Robert Card. Prevost».

Acolhido por um aplauso composto, o Papa Prevost dirigiu-se de carro para o pátio do Palácio do Santo Ofício. Com a sua veste branca, que sobressaía na escuridão da noite, saudou cada um dos presentes com um aperto de mão, trocando também algumas palavras em espanhol com alguns fiéis do México e da Venezuela. Estava presente ademais a religiosa xaveriana francesa Nathalie Becquart, subsecretária do Sínodo dos bispos, que — num post no X — escreveu: «Estou feliz por encontrar e felicitar o nosso novo Papa sinodal, que regressa ao nosso Palácio onde vivia!».

Depois, uma menina chamada Michela aproximou-se timidamente para lhe pedir que abençoasse uma Bíblia e a assinasse. Leão XIV acolheu de bom grado o duplo pedido e, com um toque de humor, acrescentou: «Ainda tenho de fazer alguns testes à assinatura, a antiga já não serve!». Depois, para se certificar de que não se enganava, pediu à menina que soletrasse o seu nome e, por fim, colocando a data ao lado da assinatura, acrescentou em tom de brincadeira: «Que dia é hoje? 8 de maio?».

O Papa Prevost abençoou depois os fiéis, concluindo as suas palavras com: «Felicidades! Muito obrigado!». Por fim, não se subtraiu ao pedido de alguns dos presentes que lhe propuseram tirar uma selfie.

Anteriormente, imediatamente após a primeira bênção Urbi et Orbi, concedida por volta das 19h30 da Varanda central da basílica do Vaticano, o 267º Pontífice tinha também dirigido uma saudação aos numerosos fiéis que o esperavam diante da Casa Santa Marta e que o acolheram com o grito de «Viva o Papa!». Uma exclamação de alegria à qual o sucessor de Pedro respondeu com um gesto afetuoso de saudação, antes de regressar ao local onde residiu durante o Conclave.