Na audiência geral os votos de Francisco sessenta anos após a histórica encíclica de João XXIII

Os chefes das nações inspirem-se na
«Pacem in terris»

 Os chefes das nações inspirem-se na «Pacem in terris»  POR-015
13 abril 2023

«Um vislumbre de serenidade no meio de nuvens escuras» cuja «mensagem é muito oportuna». Foi assim que o Papa Francisco recordou a encíclica de São João xxiii Pacem in terris, no dia seguinte ao 60º aniversário da publicação. Na audiência geral desta manhã, quarta-feira 12 de abril, o Papa Bergoglio salientou como Roncalli «se dirigiu à Igreja e ao mundo no auge da tensão entre os dois blocos opostos na chamada Guerra Fria», abrindo «perante todos o amplo horizonte em que se pode falar de paz e construir a paz: o plano de Deus para o mundo e a família humana». Para o Bispo de Roma, «foi uma verdadeira bênção»: por isso convidou hoje os crentes e os homens e mulheres de boa vontade a lê-la, com a esperança de que «os Chefes das Nações se deixem inspirar por ela nos seus projetos e decisões». E o pensamento do Pontífice não podia deixar de se dirigir, imediatamente, para a atormentada Ucrânia. «Oremos pelo país europeu que tanto sofre», pediu aos presentes na Praça de São Pedro e a quantos o seguiam através dos meios de comunicação social.

Anteriormente, Francisco proferiu a catequese continuando a aprofundar a figura do Apóstolo Paulo como testemunha de zelo apostólico, ou melhor, daquela paixão pela evangelização que é o tema do ciclo de reflexões. Com uma linguagem rica de referências ao contexto atual, explicou como as palavras do Apóstolo dos Gentios conduzem de novo ao ensinamento de que «não há cristão a não ser a caminho» e «não há proclamação sem movimento». Porque, advertiu, «não se proclama o Evangelho parado, fechado num escritório, numa secretária ou num computador, fazendo polémicas como “leões do teclado” e substituindo a criatividade pelo copia-e-cola de ideias tiradas daqui e dali», mas sim «movendo-se, caminhando, indo».

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