Acabar com a guerra
que ensanguenta o mundo

«Apressemo-nos também a crescer num caminho de confiança... entre pessoas, povos e nações. Surpreendamo-nos com a luz que ilumina a escuridão em que demasiadas vezes o mundo se encontra envolto. Foi o convite que, seguindo o exemplo das mulheres que acorreram ao túmulo de Jesus, o Papa, da varanda central da Basílica do Vaticano, dirigiu a bênção “urbi et orbi” à cidade de Roma e ao mundo, com a mensagem da Páscoa. A ouvi-lo na manhã de domingo, 9 de abril, estavam cem mil fiéis que tinham assistido à Missa celebrada pelo próprio Pontífice na Praça de São Pedro pouco antes, e quantos o seguiram através dos meios de comunicação social. Eis então o mapa geográfico dos países que mais se encontram na “escuridão”: Ucrânia, Rússia, Turquia, Síria, Terra Santa, Líbano, Tunísia, Haiti, Etiópia, Sudão do Sul e República Democrática do Congo, Nicarágua, Eritreia, Burkina Faso, Mali, Moçambique, Nigéria e o Myanmar com os martirizados Rohingya. Depois o pensamento do Papa Bergoglio dirigiu-se para os refugiados e deportados, presos políticos e migrantes, especialmente os mais vulneráveis, e a quantos «sofrem a fome, a pobreza e os efeitos nocivos do tráfico de droga, do tráfico de seres humanos e de todas as formas de escravatura». Sem esquecer «os doentes e idosos» e todos aqueles que «atravessam momentos de provação e fadiga».

O Bispo de Roma presidiu às celebrações do tríduo pascal, exceto à Via-Sacra no Coliseu para não correr riscos para a saúde, iniciando na manhã de quinta-feira com a missa crismal, e à tarde a missa “in Cena Domini” na prisão junevil de Casal del Marmo com o rito do lava-pés a doze detidos; presidiu à celebração da paixão do Senhor e à Vigília Pascal na Noite Santa. Por fim, na Segunda-feira do anjo, o Papa recitou da janela do Palácio apostólico o Regina caeli, recordando o 25º aniversário do chamado “Acordo de Belfast”, que pôs fim à violência na Irlanda do Norte.

Mensagem Urbi et Orbi