No final da catequese, o Papa saudou os grupos presentes na Sala Paulo vi , entre os quais os de língua portuguesa, recordando-lhes que depois de amanhã se assinala o primeiro aniversário da invasão da Ucrânia e apelando às autoridades internacionais, «para que se comprometam concretamente a pôr fim ao conflito, a alcançar um cessar-fogo e a iniciar negociações de paz».
Estimados irmãos e irmãs
Depois de amanhã, 24 de fevereiro, completar-se-á um ano da invasão da Ucrânia, do início desta guerra absurda e cruel. Um triste aniversário! O balanço de mortos, feridos, refugiados e pessoas deslocadas, destruição, prejuízos económicos e sociais fala por si. Poderá o Senhor perdoar tantos crimes e tanta violência? Ele é o Deus da paz. Permaneçamos próximos do martirizado povo ucraniano, que continua a sofrer. E perguntemo-nos: foi feito todo o possível para pôr fim à guerra? Apelo aos que têm autoridade sobre as nações para que se comprometam concretamente a pôr fim ao conflito, a alcançar um cessar-fogo e a iniciar negociações de paz. Aquela construída sobre os escombros nunca será uma verdadeira vitória!
Saúdo os fiéis de língua portuguesa, nomeadamente os peregrinos de Guimarães e os diversos grupos de alunos e professores vindos do Barreiro, Bragança, Carcavelos, Coimbra e Pinhal Novo. Hoje começa o tempo da Quaresma; enquanto fixamos o olhar em Cristo crucificado, convido-vos a rezar por todos aqueles que sofrem com as catástrofes naturais ou com as guerras. Ajudemo-los também com a nossa esmola. E assim seremos causa de consolação e alegria. Deus vos abençoe!