Na conclusão da missa, após a saudação que lhe foi dirigida pelo arcebispo de Juba, o Pontífice despediu-se do Sudão do Sul proferindo as seguintes palavras.
Obrigado, querido Irmão Stephen, por estas palavras. Saúdo o Senhor Presidente da República, juntamente com todas as autoridades civis e religiosas presentes. Chego agora ao termo desta peregrinação no meio de vós e desejo exprimir a minha gratidão pelo acolhimento recebido e por todo o trabalho realizado na preparação desta visita, que foi uma visita fraterna, feita a três.
Agradeço a todos vós, irmãos e irmãs, que em grande número vos deslocastes aqui de diferentes partes, fazendo muitas horas, se não mesmo dias, de estrada! Além da estima que me manifestastes, agradeço a vossa fé, a vossa paciência, todo o bem que fazeis e as canseiras que ofereceis a Deus sem desanimar, procurando seguir em frente. No Sudão do Sul, há uma Igreja corajosa, emparentada com a do Sudão, como nos recordava o Arcebispo, que mencionou a figura de Santa Josefina Bakhita: uma grande mulher que, com a graça de Deus, transformou o sofrimento suportado em esperança: «a esperança, que nascera para ela e a “redimira”, não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos, chegar a todos» — escreveu Bento xvi (Carta enc. Spe salvi, 3). Esperança é a palavra que quero deixar a cada um de vós, como um dom a compartilhar, como uma semente que dá fruto. Como nos lembra a figura de Santa Josefina, aqui a esperança está particularmente sob o signo da mulher e quero agradecer e abençoar, de maneira especial, todas as mulheres do país.
À esperança quero associar outra palavra, a palavra destes dias: paz. Com os meus Irmãos Justin e Iain, cuja presença agradeço de coração, viemos até aqui e continuaremos, os três juntos, a acompanhar os vossos passos, fazendo tudo o que pudermos para que sejam passos de paz, passos rumo à paz. Quero confiar este caminho de todo o povo connosco os três, este caminho da reconciliação e da paz a outra mulher: é a nossa mui terna Mãe, Maria, a Rainha da Paz. Acompanhou-nos com a sua presença solícita e silenciosa. A Ela, que agora invocamos, confiamos a causa da paz no Sudão do Sul e em todo o continente africano. A Nossa Senhora, confiamos também a paz no mundo, em particular nos numerosos países que se encontram em guerra, como a martirizada Ucrânia.
Queridos irmãos e irmãs, voltamos cada um de nós, os três, à própria sede, levando-vos ainda mais estreitos ao coração. Repito: estais no nosso coração, estais nos nossos corações, estais nos corações dos cristãos de todo o mundo. Nunca percais a esperança. E não se perca ocasião de construir a paz. Que a esperança e a paz habitem em vós, que a esperança e a paz habitem no Sudão do Sul!