Um Natal com os ucranianos no coração
Durante a audiência geral de quarta-feira, 14 de dezembro, o Papa abençoou quatro cruzes feitas de fragmentos de madeira dos destroços das barcaças que chegaram à ilha de Lampedusa (Itália): as tristemente conhecidas como “carriolas do mar” com a sua “carga” de pessoas, entre o desespero e a esperança, a morte e a busca da vida. «Jesus é representado com um braço desprendido da cruz e estendido para baixo, precisamente no gesto de salvar aqueles que afogam no mar, mas também para salvar quantos se encontram em dificuldade, neste mundo que está a afundar», diz o autor, Paolo Mele. Por esta razão, acrescenta, chamei-lhes “madeiros dolorosos”: poderiam ser os madeiros de qualquer cruz do mundo».
O bispo de Roma voltou a pedir para não esquecer a Ucrânia no Natal, invocando um «gesto concreto» de solidariedade, convidando a «gastar menos», a fazer um Natal «mais humilde, com presentes mais humildes», a fim de enviar o que foi poupado para aquelas pessoas «que estão em necessidade, que sofrem tanto». O Papa explicou: «Eles passam fome, sentem frio e muitos morrem porque não há médicos, enfermeiras à mão». Precedentemente, continuando a sua catequese sobre o discernimento, Francisco debruçou-se sobre o tema da vigilância, uma atitude necessária «para que não seja perdido todo o trabalho feito para tomar a decisão boa».