Dois logótipos que falam da expetativa e da esperança dos povos

Os dois logótipos da viagem apostólica do Papa à África são particularmente significativos: o da República Democrática do Congo e o da peregrinação ecuménica ao Sudão do Sul. Ambos reproduzem os mapas dos dois países, enriquecidos com elementos simbólicos. E assim os contornos do perfil da República Democrática do Congo são realçados com as cores da bandeira nacional. Em particular, o amarelo simboliza a riqueza da fauna e da flora. O vermelho representa o sangue derramado pelos mártires, como ainda hoje acontece no leste do país. O azul expressa o desejo de paz. O mapa está “aberto” a oeste, precisamente para mostrar o acolhimento dado ao convidado tão esperado.

No logótipo há também uma palmeira que faz referência ao martírio, experiência de fé enraizada na história de ontem e de hoje, e relança também a mensagem de esperança que o Papa levará, o qual está representado no gesto de abençoar no centro da composição. Além disso, há uma cruz azul, expressão da devoção do povo a Nossa Senhora do Congo. Abaixo da cruz estão representadas três pessoas, como símbolo de fraternidade: homens e mulheres, adultos e crianças, unidos como se fossem uma única pessoa. Por fim, o logótipo retrata as caraterísticas do território. A começar pelas montanhas e pela água: basta pensar no rio Congo e nos vários lagos. E, mais uma vez, há a árvore que se refere à flora como um todo e o okapi, metade zebra e metade girafa, o animal símbolo da República Democrática do Congo.

No logótipo da peregrinação ecuménica ao Sudão do Sul, para representar a urgência e o desejo de paz, encontra-se a pomba que tem simbolicamente, no bico, um ramo de oliveira precisamente acima dos contornos do mapa do país com as cores da bandeira nacional.

No centro do logótipo, duas mãos que se apertam convidam à reconciliação das tribos que constituem uma única nação. E a cruz recorda expressamente a herança cristã do país e a sua história de sofrimento.