Encontro e oração com Bento xvi

 Encontro e oração com Bento  xvi  POR-035
30 agosto 2022

Oração e familiaridade caraterizaram a visita a Bento xvi feita pelo Papa Francisco com os novos cardeais criados no consistório ordinário público na tarde de sábado 27 de agosto. A prece “Salve Regina” e a bênção comum dada por Francisco e pelo Papa emérito concluíram o especial momento de espiritualidade vivido no mosteiro do Vaticano Mater Ecclesiae. Com efeito, após o rito que teve lugar na basílica de São Pedro, o Papa Bergoglio foi com os novos purpurados à residência do seu predecessor nos Jardins do Vaticano. Foram recebidos pelo arcebispo Georg Gänswein, prefeito da Casa pontifícia, enquanto o Papa Emérito os esperava na capela. Após a calorosa saudação a Francisco, Bento xvi recebeu a homenagem dos novos cardeais nomeados que, um por um, se apresentaram e falaram com ele. Depois da bênção final, tiraram uma fotografia de recordação numa atmosfera de comoção.

Precedentemente, diante do altar da Confissão, os novos purpurados renovaram a profissão de fé, jurando fidelidade e obediência ao Papa Francisco e aos seus sucessores através da fórmula ritual, lida pelo primeiro dos novos purpurados, cardeal Arthur Roche, prefeito do Dicastério para o culto divino e a disciplina dos sacramentos que no início, em nome de todos, dirigiu ao Pontífice um discurso de homenagem e agradecimento.

Seguiu-se a imposição do solidéu e do barrete cardinalício, com a entrega do anel por parte de Francisco. Segundo a ordem de criação, um de cada vez, os novos cardeais aproximaram-se do altar da Confissão para receber a insígnia da nova dignidade e a bula que atribui o título ou diaconia, que dá significado à sua participação no cuidado pastoral do bispo de Roma pela sua diocese.

Após a entrega, o Pontífice trocou um abraço de paz com cada purpurado. Entre os novos cardeais não estava presente, por motivos de saúde, Richard Kuuia Baawobr, bispo de Wa (Gana).

No final do cântico do “Pater Noster” no âmbito do consistório para o voto de algumas causas de canonização, o cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as causas dos santos, leu a Peroratio e apresentou uma breve biografia dos dois beatos — o bispo Giovanni Battista Scalabrini e a leiga Artemide Zatti — que a 9 de outubro serão inscritos no álbum dos santos.

No rito participaram 160 cardeais: entre eles, o decano do Colégio cardinalício, Giovanni Battista Re e o secretário de Estado Pietro Parolin. Com o corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé estavam presentes os arcebispos Edgar Peña Parra, substituto da Secretaria de Estado, e Richard Gallagher, secretário para as Relações com os Estados e Organizações internacionais, e monsenhor Joseph Murphy, chefe do Protocolo. Estavam ainda presentes muitos prelados da Cúria romana, com numerosos familiares, amigos, colaboradores e representantes das dioceses de origem dos novos cardeais, que no final da celebração os saudaram nas habituais visitas de cortesia que tiveram lugar na sala Paulo vi e no Palácio apostólico.

O rito — dirigido por monsenhor Diego Ravelli, mestre das Celebrações litúrgicas pontifícias — terminou com o hino “Salve Regina”, entoado pelo coral da Capela sistina.

Estavam presente também numerosas delegações oficiais, cujos líderes foram saudados pelo Pontífice antes da celebração, na capela da “Pietà”. Lideravam-nas: para o Brasil, Ronaldo Vieira Bento, ministro da Cidadania; para Timor Leste, Kay Rala Xanana Gusmão, ex-presidente da República, com Adaljiza Xavier Reis Magno, ministra dos Negócios estrangeiros, Fidelis Manuel Leite Magalhães, ministro da presidência do Conselho, Lucas do Carmo, ministro do Turismo, José Reis, ministro da Planificação, Maria Angelina Lopes Sarmento, vice-presidente adjunta do Parlamento, e Luís Roberto da Silva, vice-presidente do Parlamento; para o Paraguai, Mario Abdo Benitez, presidente da República; para a França, Gerald Darmanin, ministro do Interior; para o Gana, Ambrose Dery, ministro do Interior; para a Espanha, Félix Bolanos Garcia, ministro da Presidência; para a Mongólia, Nambar Enkhbayar, ex-presidente da República; para a Coreia, Byong Keuk Chun, vice-ministro da Cultura; para a Grã-Bretanha, lord McFall of Alcluith; para a Nigéria, High Chief Domu Lulu-Briggs; para a Itália, Roberto Garofoli, subsecretário da presidência do Conselho de ministros para a Soberana Ordem Militar de Malta, Fra’ John Dunlap, lugar-tenente de Grão-mestre; para a Ordem equestre do santo Sepulcro de Jerusalém, Leonardo Visconti di Modrone; para os cavaleiros de Colombo, Patrick Kelly, cavaleiro supremo; e para os Estados Unidos da América, James Langevin.