Declaração da Santa Sé sobre o “Caminho sinodal” na Alemanha

26 julho 2022

A fim de tutelar a liberdade do Povo de Deus e o exercício do ministério episcopal, parece necessário esclarecer que o “Caminho sinodal” na Alemanha não tem faculdade de obrigar os bispos e os fiéis a assumirem novos modos de governo e novas definições de doutrina e de moral.

Não seria lícito iniciar nas dioceses, antes de um entendimento concordado a nível da Igreja universal, novas estruturas oficiais ou doutrinais, que representariam uma ferida para a comunhão eclesial e uma ameaça para a unidade da Igreja. Como recordava o Santo Padre na carta ao povo de Deus a caminho na Alemanha: «A Igreja universal vive nas e das Igrejas particulares, assim como as Igrejas particulares vivem e florescem na e da Igreja universal, e se elas se separarem de todo o corpo eclesial, enfraquecem-se, apodrecem e morrem. Eis a necessidade de manter sempre viva e eficaz a comunhão com todo o corpo da Igreja» (Francisco, Carta ao Povo de Deus a caminho na Alemanha, 9). Portanto, espera-se que as propostas do Caminho das Igrejas particulares na Alemanha confluam no percurso sinodal que a Igreja universal segue, para recíproco enriquecimento e um testemunho daquela unidade com a qual o corpo da Igreja manifesta a sua fidelidade a Cristo Senhor.