Católicos brasileiros na Amazónia e em Moçambique

Missão «ad gentes»

 Missão «ad gentes»   POR-021
24 maio 2022

A missão ad gentes está no Adn dos católicos brasileiros: é quanto demonstra a iniciativa da Igreja no Rio Grande do Sul, Estado federado no sul do país, que em 1994 assumiu o projeto “Igrejas irmãs” com a arquidiocese de Nampula, em Moçambique. A partir de então, durante vinte e oito anos, a região enviou para a África missionários, religiosos e leigos, e apoia a Igreja local no país africano com quatro missionários presentes em duas paróquias, onde estão ao serviço pastoral de 150 comunidades, proclamando o Evangelho e desenvolvendo projetos no campo da educação. Como narra o padre Maurício da Silva Jardim, diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil e coordenador continental, o compromisso ad gentes diz respeito também à região amazónica. «Cada Igreja particular, explica, tem uma Igreja irmã; cada região abraça um projeto ad gentes para além das suas fronteiras». Esta abordagem da evangelização foi proposta pelo Programa missionário nacional (2019-2023) e chama todos os batizados à tarefa de ser «uma Igreja sinodal em saída». Assim, cada Igreja particular no Brasil fortalece a missão evangelizadora na própria realidade, impelida pelo trabalho minucioso de sensibilização levado a cabo pelas pom s.

Entre os sinais mais recentes, a diocese de Montenegro enviou nos últimos meses o primeiro missionário para a Prelazia territorial do Alto Xingu-Tucumã, no norte. O padre Blásio Henz, que permanecerá três anos na sua missão na Amazónia, inaugurou o projeto de cooperação missionária entre a diocese e a prelazia. A abordagem das Igrejas irmãs, observa-se, representa uma chamada permanente a «ser todos missionários aqui, na nossa diocese. A missão constitui uma riqueza para quem envia e para quem recebe».

Do carisma das pom s e da fundadora, Paulina Jaricot, nasceu no continente americano também a longa tradição dos Congressos missionários. Os primeiros foram instituídos na América Latina e por isso foram chamados Congressos missionários latino-americanos ( comla s). A partir de 1999, começaram a participar também as Igrejas da América do Norte e assim o nome tornou-se Congresso americano missionário ( cam ). «Hoje, reconhecemos a orientação do Espírito de Deus que impele a sua Igreja a ser fiel e criativa na proclamação da boa nova até aos confins da terra», afirma o padre Maurício da Silva Jardim. (paolo affatato)