Crueldades cada vez mais horrendas contra mulheres e crianças inermes

No final da catequese, o Santo Padre saudou os grupos de fiéis presentes, entre os quais os de língua portuguesa, e lançou um apelo para que se ponha fim à guerra na Ucrânia, após as notícias do massacre de Bucha, e recordou a celebração do Dia mundial do desporto pela paz e o desenvolvimento, proclamado pelas Nações Unidas.

As recentes notícias sobre a guerra na Ucrânia, em vez de trazer alívio e esperança, testemunham novas atrocidades, como o massacre de Bucha: crueldades cada vez mais horríveis, realizadas também contra civis, mulheres e crianças indefesas. São vítimas cujo sangue inocente clama ao céu e implora: que esta guerra tenha fim! Que as armas silenciem! Parem de semear morte e destruição! Rezemos juntos por isto...

E ontem, precisamente de Bucha, trouxeram-me esta bandeira. Esta bandeira vem da guerra, daquela cidade martirizada, Bucha. E também estão aqui connosco algumas crianças ucranianas. Saudemo-las e rezemos com elas.

Estas crianças tiveram de fugir e chegar a uma terra estrangeira: este é um dos frutos da guerra. Não as esqueçamos, não esqueçamos o povo ucraniano. É tremendo ser desenraizado da própria terra por uma guerra.

Hoje é o Dia Mundial do Desporto pela Paz e o Desenvolvimento, convocado pelas Nações Unidas. Dirijo-me aos homens e mulheres do desporto, para que através da sua atividade possam ser testemunhas ativas da fraternidade e da paz. O desporto, com os seus valores, pode desempenhar um papel importante no mundo, abrindo caminhos de concórdia entre os povos, desde que nunca perca a sua capacidade de gratuidade: o desporto pelo desporto, e não se torne comercial. Aquele amadorismo que é típico do verdadeiro desporto!

Dirijo uma saudação especial a todos os peregrinos de língua portuguesa, especialmente ao agrupamento de escolas da Lourinhã. Agradeço as vossas orações, especialmente aquelas orações feitas pela minha recente visita apostólica a Malta. A nossa vida é uma maravilhosa peregrinação que pode contar com a proximidade de Jesus. Ele impele-nos ao encontro fraterno e desafia-nos ao amor recíproco. Deus vos abençoe!