O “espírito de banda” musical dos recém-nascidos

 O “espírito de banda” musical dos recém-nascidos  POR-002
11 janeiro 2022

O choro e o lamento dos recém-nascidos foi a “nota musical” caraterística da celebração de domingo, 9 de janeiro, na Capela Sistina. «Deixai que chorem tranquilamente», pediu o Papa Francisco aos pais e padrinhos dos 16 recém-nascidos — 7 meninos e 9 meninas, filhos de funcionários de dicastérios, departamentos e organismos do Vaticano — que receberam o sacramento da iniciação cristã no dia em que a Igreja celebra o Batismo do Senhor. Eis os seus nomes: Sofia Maria Laetizia Barbagallo La Rosa Santostefano, Lorenzo Alberto Brunello Bellaveglia, Ludovica Maria Berti, Margherita Buceti, Ginevra Carrieri, Vittoria Maria Carruba, Pietro Alfonso Andrea Cernuzio, Camilla Maria Di Giamberardino, Carlotta Maria Giunta, Eduardo Gabriel Iué, Caterina Maria Liardo, Leonardo Miluzzi, Lara Paolone, Leonardo Luigi Sorrentini Tarsi, Pietro Sulsenti e Leonardo Enea Venditti.

A celebração começou com as fórmulas rituais previstas pelo rito, pronunciadas pelo Papa: «Que nome dais aos vossos filhos? O que pedis para eles? Estais conscientes da vossa responsabilidade?». Após as respostas dos pais, dos padrinhos e das madrinhas, o Pontífice disse: «Queridas crianças, é com grande alegria que a Igreja vos acolhe», fazendo o sinal da cruz na testa dos pequeninos.

A primeira leitura foi tirada do livro do profeta Isaías, a segunda de uma passagem da Carta de São Paulo a Tito. O trecho do Evangelho de Lucas, proclamado por um diácono, narra o Batismo de Jesus nas margens do rio Jordão: «E eis que, enquanto todo o povo era batizado, também Jesus o foi. E enquanto rezava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba; e do céu veio uma voz: “Tu és o meu Filho muito amado, em ti pus todo o meu enlevo!”».

Após a oração dos fiéis — as invocações pelo Papa e pelos bispos, pelos recém-batizados, pelos governantes, pelas famílias, por todas as crianças, pelos pecadores, pelos violentos e pelos sofredores e angustiados — foram invocados os santos. Os dois concelebrantes, o cardeal esmoler Konrad Krajewski e o arcebispo Fernando Vérgez Alzaga, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, fizeram o sinal da cruz no peito de cada recém-nascido com o óleo consagrado. Após a “Renúncia a satanás” e a “Profissão de fé”, o Papa derramou um pouco de água benta sobre a cabeça dos batizados na pia batismal. Em seguida, foi-lhes dada a veste branca, símbolo do renascimento como novas criaturas. Depois, para simbolizar a luz de Cristo, cada pai acendeu uma vela no círio pascal. No final da celebração, o Papa saudou pessoalmente cada família.

O rito, dirigido pelo mestre das celebrações litúrgicas pontifícias, monsenhor Diego Ravelli, foi acompanhado pelos cânticos da Capela Sistina. No final, o Santo Padre ofereceu às as famílias dos batizados um pequeno baixo-relevo oval dourado, com a representação de Nossa Senhora com o Menino.