Não estamos condenados à exclusão e à desigualdade

Colombian Embera indigenous are seen in a makeshift shelter at National park in Bogota, on October ...
19 outubro 2021

«Ver-vos lembra-me que não estamos condenados a um futuro baseado na exclusão e na desigualdade... onde a cultura do privilégio é um poder invisível e irreprimível e a exploração e o abuso são um método habitual de sobrevivência». O Papa Francisco lançou uma mensagem de esperança aos participantes no Encontro mundial dos Movimentos populares, que teve lugar na tarde de 16 de outubro online. Num vídeo em espanhol, o Pontífice dirigiu-se aos participantes na segunda sessão — a primeira teve lugar em julho — da quarta edição deste encontro com representantes da humanidade mais desfavorecida. Chamando-lhes “poetas sociais”, o bispo de Roma elogiou a sua «capacidade e coragem de criar esperança onde só aparecem desperdício e exclusão». Unindo a sua voz à deles, «em nome de Deus» enumerou uma longa série de pedidos aos países poderosos, que incluem o perdão da dívida dos países pobres, o desarmamento, a liberalização das patentes — para que «todo o ser humano possa ter acesso às vacinas» — e o fim dos monopólios de produção e distribuição «que inflacionam os preços e acabam por ficar com o pão dos famintos». Porque, denunciou, «este ano mais de vinte milhões de pessoas foram arrastadas para níveis extremos de insegurança alimentar», especialmente na Síria, Haiti, Congo, Senegal, Iémen e Sudão do Sul.

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