Desde 2017, o Norte de Moçambique tem sido vítima de ataques terroristas que causaram milhares de mortos, 800.000 deslocados internos e colocaram em risco a estabilidade do país. Para realçar a gravidade desta crise, a Comunidade de Santo Egídio lançou um apelo à opinião pública, especialmente à italiana. «Não abandonemos Moçambique no momento dramático que está a viver. Muito pouco foi dito sobre o assunto no nosso país, houve uma ausência. Ao contrário, precisamos de estar conscientes da gravidade da situação para renovar os laços de amizade entre Itália e Moçambique, que remontam ao apoio na luta pela independência e ao processo que levou à assinatura da paz, que teve lugar em Roma graças à mediação de Santo Egídio, a 4 de outubro de 1992», declarou o padre Angelo Romano, do Gabinete de relações internacionais da Comunidade, falando numa conferência de imprensa a 21 de julho. Santo Egídio está presente em Moçambique desde os anos 80, difundida em todas as capitais provinciais do país e em 140 cidades e aldeias, incluindo a região de Cabo Delgado, epicentro dos recentes ataques jihadistas. «Nos últimos meses, Santo Egídio tentou responder aos crescentes pedidos de deslocados internos e distribuiu mais de 100 toneladas de alimentos, e também máscaras, sabão, roupa e cobertores», disse o padre Angelo.
27 julho 2021