«A pandemia está ainda em pleno andamento; a crise social e económica é muito pesada, especialmente para os mais pobres»; não obstante, continuam os «conflitos armados» e «reforçam-se os arsenais militares». Eis «o escândalo de hoje», denunciado pelo Papa Francisco na Páscoa de 2021, a segunda consecutiva marcada pela Covid-19. As suas palavras ressoaram no domingo, 4 de abril, do altar da Cátedra na basílica de São Pedro — onde pouco antes o Pontífice celebrou a missa da solenidade e, na noite anterior, a vigília pascal — na tradicional mensagem que antecede a bênção Urbi et Orbi. Como acontece todos os anos, o bispo de Roma dirigiu o seu olhar para os povos que mais sofrem devido às guerras, ao terrorismo, à violência e às calamidades naturais. E recordando que «em vários lugares muitos cristãos celebram a Páscoa no meio de grandes limitações», fez votos por um «internacionalismo das vacinas» que comprometa «toda a comunidade internacional a superar os atrasos na distribuição e a facilitar a sua partilha, especialmente com os países mais pobres».
Na manhã da Quinta-Feira Santa, na basílica de São Pedro, o Santo Padre presidiu à missa crismal e, à tarde, o cardeal Giovanni Battista Re celebrou a eucaristia «in Coena Domini». Na tarde da Sexta-Feira Santa o Papa presidiu à celebração da Paixão do Senhor e após a proclamação do Evangelho, o pregador da Casa Pontifícia, cardeal Raniero Cantalamessa, proferiu a homilia. À noite, na praça de São Pedro, Francisco guiou a Via-Sacra, cujas meditações foram escritas e lidas por um grupo de crianças.