O Papa Francisco visitou Edith Bruck

“Vim prestar homenagem
ao povo martirizado
pela loucura nazista”

 “Vim prestar homenagem  ao povo martirizado pela loucura nazista”  POR-008
23 fevereiro 2021

«Vim aqui para lhe agradecer o seu testemunho e para prestar homenagem ao povo martirizado pela loucura do populismo nazista. E com sinceridade repito-lhe as palavras que proferi de coração diante do Yad Vashem e que repito diante de cada pessoa que, como a senhora, sofreu tanto por causa disto: perdão Senhor em nome da humanidade».

A 26 de janeiro L’Osservatore Romano publicou uma entrevista concedida por Edith Bruck a Francesca Romana de’Angelis. O Papa leu-a e ficou impressionado, expressando o desejo de conhecer esta senhora. Foram iniciados os preparativos para a visita de Edith Bruck ao Vaticano, mas o Papa, ao ser informado disse ao diretor Andrea Monda: «O Senhor não percebeu, diretor, ela não deve vir, sou eu que visitarei a senhora Bruck em sua casa, se é possível». Assim, na tarde de sábado, 20 de fevereiro o Papa visitou Edith Bruck na sua casa no centro de Roma.

Depois de mais de uma hora de conversa com Edith Bruck, o Santo Padre, antes de se despedir, quis explicar as razões que o levaram a visitar a Senhora e a repetir o conceito que é a base da sua última carta encíclica: “Somos todos irmãos, mesmo se por vezes Caim se esquece disto, como aconteceu no século xx”. “Sim, acontece com frequência, ainda hoje”, suspira Edith enquanto olha para o Papa e acrescenta: “Até quando acontecerá?” O Papa fita-a e responde: “A senhora está a lutar por isto... e não é pouco”. A imagem que se apresenta frequentemente nesta longa conversa é a da gota no mar, uma pequena coisa, mas o imenso mar é feito de infinitas pequenas coisas.

(Retomaremos este assunto no próximo número)