Compromisso dos jogadores de basquetebol da nba recebidos pelo Pontífice

Uma mensagem de humildade e justiça social

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01 dezembro 2020

Campeões, mas capazes de olhar «sempre para a sociedade, para a justiça social, para os problemas sociais», fazendo do desporto «um mensageiro para o bem». Com estas palavras, o Papa Francisco, a 23 de novembro, dirigiu-se aos jogadores de basquetebol da nba que vieram dos Estados Unidos ao Vaticano juntamente com representantes do sindicato Nbpa para lhe apresentar o seu compromisso contra a discriminação racial.

«A vossa mensagem é a beleza do desporto, é verdade — disse o Pontífice — mas também o trabalho de grupo, a comunidade. E que isto seja uma semente de beleza e de desenvolvimento comunitário rumo à justiça», auspiciou.

Depois de ter confidenciado algumas recordações da sua infância — «de quando eu era criança... I was a boy», disse em tom de brincadeira, «gostava de ir todos os anos ao parque de diversões para ver os globetrotters. Estou a falar de 1952, 53, 54...» — Francisco enfatizou o valor social da mensagem lançada por estes atletas, grandes estrelas nos campos, mas também capazes de se comprometerem humildemente a reivindicar os direitos civis dos afro-americanos. A este respeito, o Papa quis sublinhar «que não sois iguais uns aos outros: preservai a vossa personalidade. Cada um de vós falou pessoalmente». E acrescentou «esta é a riqueza» do jogo de equipa: «não perder a própria personalidade, mas integrá-la com as outras». E elogiou «este testemunho», do qual «a sociedade de hoje necessita». De facto, esclareceu, «sois campeões e também dando este exemplo de equipa, tornais-vos humildes. É a beleza do homem de desporto que é grande», mas para fazer parte da equipa «permanece sempre humilde».

Por fim, Francisco confiou aos atletas a tarefa de preservar «sempre esta humanidade, porque o desporto nos ajuda a ser mais humildes», e de «não perder a dimensão de gratuidade do desporto, porque o desporto é belo», mas «há sempre o perigo de perder este aspeto» em benefício da «eficiência»; mas, trata-se sempre de «um dom que recebo e um dom que ofereço», concluiu, salientando a presença de uma mulher na delegação: «Creio — comentou — que é a primeira vez. Vê-se que ela tem personalidade».