O museu

Museu do dinheiro (© Francisco Nogueira)
17 novembro 2020

O Museu do Dinheiro trata o dinheiro, a sua história e a relação que estabelece com a sociedade em geral e com os indivíduos, tanto no Oriente como no Ocidente. Faz isso através da coleção numismática e de outras coleções históricas do Banco de Portugal, bem como de dispositivos virtuais de contextualização que ocupam nove salas temáticas. Desenhada por Francisco Providência Design (conceito) e desenvolvida pelo Banco de Portugal, a exposição aborda temas como: os artigos pré-monetários; o dinheiro de várias partes do mundo e a sua história ao longo dos séculos; a produção de notas e moedas; e também a educação económica. A visita oferece uma experiência distintamente interativa, que se baseia na tecnologia multimédia para dar a ver as coleções. Esta museografia não convencional e surpreendente cria um ambiente atrativo, que garante a participação do visitante e promove a construção de novas formas de relação e novos conhecimentos.

O museu está instalado na antiga igreja de S. Julião, dessacralizada nos anos 30 do séc. XX. A nave principal, totalmente desocupada de qualquer mobiliário, é um vasto salão, que gera um forte impacto à entrada. As salas de exposições ocupam os 4 níveis do edifício. A antiga igreja está ligada ao edifício administrativo e sede do banco, formando um quarteirão histórico, um excelente exemplo do estilo arquitetónico e de planeamento urbano do centro de Lisboa após o terremoto de 1755, que criou uma cidade moderna e racional a partir de um plano retilíneo, de quarteirões ortogonais. A renovação do edifício e a instalação do Museu do Dinheiro foi um empreendimento importante para o banco, incentivado pela vontade da Câmara Municipal de revitalizar a área da Baixa-Chiado com o objetivo de a transformar numa zona turística e cultural. No subsolo desta antiga igreja encontra-se a Muralha de D. Dinis, uma das estruturas defensivas medievais mais importantes de Lisboa, classificada como Monumento Nacional. Este complexo patrimonial, que compreende a coleção permanente, a igreja neoclássica/barroca e a muralha medieval, oferece uma experiência cultural que revisita o passado e o presente do dinheiro, criando assim uma sociedade mais consciente, conhecedora e livre.