Recordação de D. Anacleto Oliveira

Um bispo próximo de todos

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29 setembro 2020

Chegou a Viana do Castelo há 10 anos para assumir a diocese do Alto Minho e rapidamente «entrou no coração de todos pela bondade e capacidade de escutar a todos» e «foi um bispo muito próximo dos professores e dos alunos da Educação moral e religiosa católica (Emrc). Interessou-se por compreender e acompanhar a realidade da diocese e depressa percebeu como chegar ao coração de todos», lembrou Lígia Pereira, diretora do departamento diocesano da Emrc.

Num testemunho, a responsável recordou o prelado como “um companheiro de caminhada próximo de todos, um bispo bom. Todos os docentes o viam como pastor e amigo sempre presente, incentivando a marcar a diferença na Emrc», destacou. A «representatividade da disciplina no Alto Minho deve-lhe muito, quer pela presença constante na formação ou ao lado dos alunos, quer pelo modo de integrar a visita assídua às escolas da região».

Com efeito, «nos últimos dez anos encontrou sempre espaço na agenda para estar com alunos e professores na grande festa da disciplina, e muitas vezes ficava a brincar ou a conversar com os estudantes... sem nunca se apresentar como alguém que impõe a autoridade pelo cargo que desempenha», acrescentou.

«Como bispo, procurava a reforma da Igreja e, pela sua ligação à Comissão episcopal da educação cristã e da doutrina da fé (Ceecdf), também se empenhou na catequese, na certeza de que ela está no coração da Igreja e é essencial para a conversão da Igreja», afirmou o padre Vasco Gonçalves, diretor do Secretariado diocesano da catequese de Viana do Castelo, para quem o prelado «conseguiu intuir o futuro da catequese, apostando em novas formas de fazer catequese», afirmou.

Considerando o prelado «um homem inspirado que via os caminhos que se abrem à Igreja», o sacerdote recordou a sua preocupação constante pelo sector e pela catequese às famílias e aos adolescentes em Viana do Castelo, bem como a sua «proximidade aos catequistas e o seu modo de os encorajar para a missão».

«Aparentemente tímido, quando entrava no encontro perdia a noção do tempo, e aos catequistas dirigia intervenções empolgantes, a par dos encontros que tinha com as crianças em contexto catequético. Tinha um dom especial que lhe vinha do coração e, insatisfeito com os caminhos que se iam abrindo, queria ir mais longe», concluiu.