Nos Angelus da Assunção e de 16 de agosto

Oração do Pontífice pelo mundo que tem sede de esperança

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18 agosto 2020

O Papa Francisco confiou à Virgem Maria os sofrimentos da Nigéria, as difíceis negociações entre  o Egito, a Etiópia e o Sudão sobre a questão do Nilo, a situação no Líbano e na Bielorrússia, e o futuro das famílias a braços com os problemas causados pela pandemia.

A estas e a todas as realidades do mundo «que  mais têm sede de esperança, esperança de paz, esperança de justiça, esperança de uma vida digna», o Pontífice dirigiu o seu pensamento no Angelus da Solenidade da Assunção, recitado no sábado 15 de agosto na praça de São Pedro, e na oração mariana do dia seguinte, domingo 16, durante o encontro que mais uma vez viu numerosos fiéis reunidos sob a janela do estúdio privado do Palácio apostólico do Vaticano, no respeito das medidas de segurança adotadas por causa da pandemia.

A eles e a quantos o seguiram através dos meios de comunicação, o Papa dirigiu-se  ao meio-dia de sábado, oferecendo uma reflexão sobre a Assunção de Maria ao céu, frisando que no «passo da pequena Virgem de Nazaré» está encerrado «o grande passo em frente da humanidade» destinada a ressurgir. E recordando que recentemente o título mariano de “Mãe da Esperança” foi acrescentado às Ladainhas Lauretanas, Francisco convidou os fiéis a rezar «especialmente pela população da região norte da Nigéria, vítima de violência e de ataques terroristas», confidenciando que segue «com particular atenção a situação das difíceis negociações sobre a questão do Nilo entre o Egito, a Etiópia e o Sudão». A este respeito, o Papa exortou «todas as partes a prosseguir o caminho do diálogo, para que o “Rio Eterno” possa continuar a ser uma linfa vital que une e não divide, que alimenta sempre a amizade, a prosperidade, a fraternidade e nunca a inimizade, as incompreensões ou conflitos».

Um convite a confiar em Deus e a levar diante dele «a própria história de tristeza», pedindo-lhe: «Senhor, se quiseres, podes curar-me!», foi dirigido também no dia seguinte aos fiéis que participaram no Angelus dominical, dedicado ao trecho evangélico de Mateus que narra o encontro entre Jesus e a cananeia. No final, o Pontífice dirigiu mais uma vez o seu olhar para as «situações dramáticas no mundo que causam sofrimento às pessoas».

E depois de ter assegurado a sua oração pelo Líbano, dirigiu um pensamento «à querida Bielorrússia». «Acompanho com atenção — disse — a situação pós-eleitoral neste país e apelo ao diálogo, à rejeição da violência e ao respeito pela justiça e pelo direito. Confio todos os bielorrussos à proteção de Nossa Senhora, Rainha da Paz». Por fim, esperando que estes dias de férias «possam ser um tempo para restaurar o corpo, mas também o espírito através de momentos dedicados à oração, ao silêncio e ao contacto relaxante com a beleza da natureza, dom de Deus», Francisco recomendou que não se esqueçam «os problemas que existem devido à Covid-19: tantas famílias que não têm trabalho, que o perderam e que não têm comida. Por isso, os votos de que «as nossas férias de verão sejam também acompanhadas de caridade e proximidade a estas famílias».