Francisco celebrou a missa junto do túmulo do Pontífice polaco no centenário do nascimento

Com João Paulo II
Deus visitou o seu povo

SS. Francesco - Basilica Vaticana:Altare di San Giovanni Paolo II -Santa Messa  per il 100° ...
18 maio 2020

«Hoje recordamos a grande fé e o exemplo de #SanGiovanniPaoloii; ouçamos o seu apelo a abrir as portas a Cristo, a não termos medo». Com um tweet na conta @Pontifex, o Papa Francisco recordou também nas redes sociais o testemunho luminoso do seu predecessor polaco no centenário do seu nascimento. Era o dia 18 de maio de 1920 quando o segundo filho do casal Wojtyła veio à luz  em Wadowice: 58 anos depois, a 16 de outubro, como cardeal arcebispo de Cracóvia, Karol foi eleito à Sé de Pedro e guiou a Igreja para o novo milénio. Por isso, na segunda-feira de manhã, o seu sucessor argentino quis reavivar a relevância da sua mensagem: «Caminhemos felizes», exortou, «pelas sendas do mundo, seguindo os passos dos gigantes que nos precederam: nunca estamos sós», garantiu.

Mas foi sobretudo na missa comemorativa, celebrada de manhã na Basílica do Vaticano, junto do túmulo do Santo Pontífice e transmitida ao vivo nos cinco continentes, que Francisco desenhou um retrato extraordinário dele como pastor, através do qual — disse  — Deus «visitou o seu povo». Os convidados de honra eram algumas pessoas pobres que recebem assistência nas estruturas caritativas nas proximidades de São Pedro.

Na homilia o Papa evocou os “traços” de bom pastor deixado pelo Papa Wojtyła no seu ministério. Francisco aprofundou em particular três: a oração, a proximidade ao povo e o amor à justiça. Em relação ao primeiro, explicou que ele rezava muito, pois «sabia  que a primeira tarefa de um bispo é rezar». Quanto ao segundo, o Pontífice salientou que João Paulo ii «foi visitar o povo; e percorreu o mundo inteiro, para se fazer próximo». Por fim, o traço da «justiça plena»: ele «queria justiça social, a justiça do povo, a justiça que afasta as guerras» e por isso «era homem de misericórdia», pois «justiça e misericórdia caminham juntas».