Mais uma vez o pensamento do Papa Francisco se dirigiu para aqueles que sofrem em consequência dos conflitos armados: o Pontífice não deixou, na audiência geral de quarta-feira, 6 de novembro, na praça de São Pedro, de rezar pela paz em Myanmar e na «martirizada Ucrânia, que tanto sofre» e exortou a não esquecer Gaza e Israel, qualificando como «muito triste» o massacre dos 153 civis metralhados há dias quando «caminhavam pela rua». Antes de iniciar a catequese, o Pontífice quis «saudar a Virgem dos Desamparados, a Nossa Senhora que cuida dos pobres, a padroeira de Valência». Com o pensamento voltado para a cidade espanhola «que tanto sofre, e também» para «outras partes» do país ibérico «mas especialmente Valência, que está debaixo de água e sofre» as consequências da tempestade chamada D ana , antes de iniciar a catequese o Papa Francisco colocou uma rosa branca aos pés da pequena estátua mariana, «que os próprios valencianos me ofereceram». O Pontífice mandou colocá-la no adro da praça e deteve-se em oração diante dela, rezando pelas mais de 200 vítimas das terríveis inundações que atingiram a comunidade valenciana, onde continua a angustiante procura dos desaparecidos. «De modo especial, rezemos por Valência e por outras zonas de Espanha que estão a sofrer com as inundações», disse o Pontífice dirigindo-se aos presentes na praça.
Na catequese, o Papa prosseguiu o ciclo sobre o tema «O Espírito e a Esposa», detendo-se na importância do Paráclito como sujeito e objeto da oração cristã. «Rezamos para receber o Espírito Santo — explicou — e recebemos o Espírito Santo para podermos rezar verdadeiramente, isto é, como filhos de Deus, não como escravos». Porque, acrescentou, «é preciso rezar sempre com liberdade... A oração é livre».
Depois, no final do encontro, Francisco voltou a partilhar a sua dor pelo sofrimento dos valencianos, pedindo a todos que rezassem uma Ave-Maria pela cidade, reconhecida há poucos meses pela Comissão Europeia como “Capital Verde em 2024” devido à sua qualidade de vida.
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