
No Sínodo são as horas do pleno discernimento para o Documento final com a apresentação dos modi, mas sempre olhando para o que está a acontecer no mundo com a proposta de «um não forte e claro» à guerra: eis o ponto da situação dos trabalhos na Sala Paulo vi relatado no briefing, de 22 de outubro, para os jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé.
A apresentar aquilo que está a acontecer foram Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a comunicação e presidente da Comissão para a informação, e Sheila Pires, secretária da Comissão.
Deste momento em diante os trabalhos «serão dedicados à elaboração dos modi por parte dos círculos menores sobre o projeto de Documento final», afirmou Paolo Ruffini. Anunciando que «o secretário especial, padre Giacomo Costa, explicou detalhadamente as modalidades desta nova fase dos trabalhos».
Em particular, os modi, recordou Paolo Ruffini, «são propostas concretas de modificação, podem ser de eliminação, adição, substituição». Além disso, «há modi coletivos e modi individuais. Os modi coletivos são adotados nos grupos linguísticos. Cada membro é convidado a apresentar as suas propostas. Cada “modo” é votado separadamente. É necessária pelo menos a maioria absoluta (50+1) e só os membros podem votar. O objetivo é de chegar a modi coletivos que exprimam o discernimento do grupo». Além disso, prosseguiu, «os modi coletivos deverão ser entregues até ao final» do dia 23 de outubro. «Cada membro pode enviar também modi individuais para a Secretaria geral do Sínodo». Os coletivos «têm mais peso», acrescentou.
Por fim, Paolo Ruffini sublinhou «que o esboço do Documento final foi escrito em italiano, como língua oficial, mas foi traduzido no maior número de línguas possível com traduções de trabalho não oficiais. Tudo isto para facilitar o discernimento dos vários membros. Entre as línguas nas quais o texto foi traduzido, destaco o ucraniano e o chinês. Esta última foi muito apreciada pelos dois bispos chineses presentes no Sínodo».
Nos trabalhos da manhã de terça-feira, referiu Sheila Pires no briefing, estavam presentes em assembleia 343 pessoas, com o Papa Francisco. Depois de «se terem realizado os círculos menores» na sequência da apresentação do projeto do Documento final, «todas as intervenções livres concentraram-se, portanto, no esboço do documento. O texto foi apreciado pelo equilíbrio, a profundidade, a densidade e, ao mesmo tempo, foram feitas propostas».
«Houve 40 intervenções sobre vários temas relacionados com a sinodalidade abordados até agora», relatou Sheila Pires. «Entre estes, o tema dos jovens: com o pedido por parte de um dos membros mais jovens do Sínodo que lançou um apelo aos padres e madres sinodais tendo em vista o pós-Sínodo: “Por favor, não deixeis os jovens de parte, mas caminhai connosco; nós queremos caminhar convosco”».
«Outras intervenções — anunciou Sheila Pires — falaram do papel da mulher na Igreja, reafirmando a sua importância fundamental, depois do papel dos leigos, das Conferências episcopais, dos sacerdotes, da vida consagrada e das pequenas comunidades cristãs».
O secretário da Comissão para a informação concluiu fazendo presente que «a atualidade emergiu na sala do Sínodo, com o convite à Igreja a reiterar «um não forte e claro» contra a guerra: “Devemos continuar a pedir e implorar de pôr fim a estes conflitos — foi dito na Sala — caso contrário, não haverá nenhum ser humano vivo que possa ler este Documento”».