Amado Santo Padre!
É com muita alegria e honra que o acolhemos entre nós, aqui, nesta catedral que é mãe de todas as Igrejas de Timor Oriental. Uma catedral cuja memória nos é tão querida pois o vosso antecessor, Papa São João Paulo ii , na sua viagem apostólica de 1989, nos tempos difíceis em que a Nação estava subjugada, teve o feliz gesto de a abençoar. Depois de tantos anos de sofrimento, recuperámos a Nação, que conseguiu levantar-se e pôr-se de pé, renascendo das cinzas da destruição no segundo milénio da nossa história.
Uma nova e pequena Nação, apenas composta de 14.874 km2, com uma população de um milhão e trezentos e quarenta mil habitantes, com uma comunidade católica que soma no total mais de um milhão e trezentos mil fiéis, sendo quase 98% da população, e com uma juventude em flor crescente. Timor-Leste é a Nação com a maior percentagem de católicos na Ásia e, pode dizer-se, a nível mundial.
Encontra-se situada no extremo Oriente. Vossa Santidade, aquando da sua eleição papal, falando de si, disse que os cardeais o chamaram da periferia do mundo. Pois, aqui está uma Nação situada na periferia do mundo e, pode dizer-se, situada nos confins da terra. Aqui é chamada a ser sal e luz. E quando, na nossa primeira visita ad limina, Vossa Santidade nos disse “que a vossa fé seja a vossa cultura”, nós guardámos estas palavras e para reforçar esta chamada, ei-la como tema desta visita de Vossa Santidade em Timor-Leste.
Santo Padre, passados 35 anos da visita de São João Paulo ii , eis de novo o vigário de Cristo no meio de nós, para nos confortar e confirmar na fé. Aqui se encontram: o clero, religiosos e religiosas, seminaristas, catequistas e alguns leigos, de todo o Timor Oriental, que com entusiasmo vos recebem e acolhem, e de coração sincero estão prontos para ouvir as palavras de Vossa Santidade. Que seja um momento de oração e de escuta e de bênção, o que Vossa Santidade nos queira transmitir. Assim seja!