· Cidade do Vaticano ·

Francisco na Indonésia — No primeiro dia o Pontífice reafirmou o não a extremismos e intolerâncias

Chamados a tecer
a harmonia da diversidade

 Chamados a tecer  a harmonia da diversidade  POR-036
05 setembro 2024

E no encontro com o clero do país comentou o tema da visita


O Papa Francisco está na Indonésia, primeira etapa da longa viagem internacional — a quadragésima quinta do seu pontificado — que o levará também à Papua-Nova Guiné, depois à Oceânia, pela primeira vez, a Timor-Leste e a Singapura. Ao aterrar na manhã de terça-feira, 3 de setembro, no aeroporto internacional de Jacarta, o bispo de Roma regressou à Ásia um ano depois da visita à Mongólia, sinal da sua constante atenção a esse continente que remonta às origens da sua vocação, quando sonhava partir para o Japão na esteira da grande tradição missionária da Companhia de Jesus. Na capital da Indonésia, a recebê-lo, encontrou o sorriso tímido de duas crianças em trajes tradicionais que lhe ofereceram flores em sinal de boas-vindas. E embora a agenda “oficial” não previsse outros compromissos para esse dia, outra festa de boas-vindas “não programada” foi-lhe reservada à chegada à nunciatura apostólica, sua residência durante a estadia em solo indonésio, que se prolongará até à próxima sexta-feira, 6.

O dia seguinte, 4 de setembro, foi marcado pelos primeiros discursos públicos do Pontífice. Depois de uma visita de cortesia ao chefe de Estado no complexo presidencial, o Papa Francisco encontrou-se com as autoridades e a sociedade civil da Indonésia e com o corpo diplomático acreditado em Jacarta, a quem recordou que «a harmonia no respeito pela diversidade é alcançada quando cada visão particular tem em conta as necessidades comuns» e que «cada grupo étnico e denominação religiosa age em espírito de fraternidade, procurando o nobre objetivo de servir o bem de todos». Fazendo referência ao lema nacional indonésio «Muitos, mas um», no primeiro discurso da viagem à Ásia e à Oceânia, o Pontífice encorajou o diálogo no «imenso arquipélago de milhares de ilhas» porque, explicou, «o respeito recíproco pelas especificidades culturais, étnicas, linguísticas e religiosas de todos os grupos humanos que compõem» o país do Sudeste asiático, de maioria muçulmana, «é o tecido conetivo indispensável que torna unidos e orgulhosos os povos» que o habitam.

Regressando à nunciatura, teve depois uma conversa em privado — como é tradicional nas peregrinações internacionais — com os irmãos jesuítas ativos na nação insular.

No final da tarde, na catedral da capital, teve lugar o encontro com os bispos, clero, consagrados, religiosos, seminaristas e catequistas da Indonésia, com quem comentou os três termos escolhidos como tema para a etapa indonésia da visita apostólica: fé, fraternidade e compaixão. No final, o Pontífice foi à “Casa da juventude” para saudar as novas gerações ligadas ao movimento educativo internacional de Scholas Occurrentes.

Encontro com as autoridades

Com a comunidade eclesial na catedral de Jacarta