· Cidade do Vaticano ·

O Papa Francisco aos líderes mundiais reunidos em Borgo Egnazia, na Apúlia, para a cimeira do g 7

Banir as armas letais controladas por máquinas

 Banir as armas letais  controladas por máquinas  POR-025
20 junho 2024

«Num drama como o dos conflitos armados, é urgente repensar o desenvolvimento e a utilização» das «chamadas “armas letais com autonomia”, apara banir o seu uso»; pois «nenhuma máquina deveria escolher tirar a vida a um ser humano». Francisco foi perentório no discurso que proferiu a 14 de junho, na cimeira do g 7, sob a presidência italiana. Primeiro Papa a participar na conferência dos sete países mais industrializados, pediu aos chefes de Estado e de Governo presentes em Borgo Egnazia, na Apúlia, «um compromisso eficaz e concreto para introduzir uma supervisão humana cada vez maior e mais significativa» sobre estes dispositivos. Tendo chegado no final da manhã à localidade de Brindisi, o Pontífice interveio na sessão conjunta. E propondo uma reflexão sobre os efeitos da inteligência artificial no futuro da humanidade, descreveu-a como «um instrumento fascinante e tremendo», que entusiasma pelas possibilidades que oferece, mas gera medo pelas consequências que pressagia. Do Papa, portanto, o apelo para «recolocar a dignidade da pessoa no centro em vista de uma proposta ética partilhada», relançando a “Rome Call for ai Ethics”, assinada em 2020, e evocando o valor da política: «Não podemos permitir — explicou — que um instrumento tão poderoso e indispensável reforce o paradigma tecnocrático». Por isso, «a política é necessária» pois mostra a sua grandeza «quando, em tempos difíceis, trabalha com base em grandes princípios e pensando no bem comum a longo prazo», concluiu.

Banir a utilização de «armas autónomas letais»