· Cidade do Vaticano ·

Na audiência geral de quarta-feira o Pontífice inaugurou o ciclo de reflexões sobre «O Espírito e a esposa»

Deve ser impedido o dano da criação por parte da humanidade

 Deve ser impedido o dano da criação  por parte da humanidade  POR-022
29 maio 2024

Novo apelo a favor da Ucrânia,  Terra Santa e  Myanmar 


«As crianças na guerra sofrem»: as imagens das meninas e dos meninos, principalmente ucranianos, com os quais o Papa Francisco se encontrou no sábado passado, 25 de maio, ainda estavam gravadas nos seus olhos e no seu coração quando, na audiência geral de quarta-feira, lançou mais um apelo a favor da paz: pela martirizada Ucrânia, pela Palestina e Israel, por Myanmar e pelos países em conflito. O Pontífice recordou aos fiéis presentes na praça de São Pedro, na manhã de 29 de maio, e a quantos o acompanhavam através dos meios de comunicação social as crianças que «sofreram queimaduras, perderam as pernas» por causa da «crueldade» da guerra. «Estes meninos e meninas devem começar a caminhar, a mover-se com braços artificiais», explicou, acrescentando que elas «perderam o sorriso». E «é terrível, é muito triste quando uma criança perde o sorriso», disse, recordando também as vítimas do desabamento de terras ocorrido na Papua-Nova Guiné, país que visitará em setembro próximo.

Precedentemente o Pontífice, inaugurando um novo ciclo de catequeses intitulado «O Espírito e a esposa», afirmou que «o Espírito Santo conduz o povo de Deus ao encontro de Jesus, nossa esperança». Citando São Francisco de Assis, protetor da natureza, o Papa constatou «a destruição que a humanidade provocou e continua a provocar na criação, especialmente na parte que tem maior capacidade de explorar os seus recursos»; e, acrescentou, «ao nosso redor, podemos dizer que existe um caos externo, um caos social, um caos político: pensemos nas guerras, pensemos em tantos meninos e meninas que não têm o que comer, em tantas injustiças sociais, este é o caos externo», disse, mas há também o «caos interno»: «Não se pode curar o primeiro, se não se começar a curar o segundo» afirmou.

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