O Pontífice renovou o seu «veemente apelo»

Cessar-fogo imediato
em Gaza

 Cessar-fogo imediato em Gaza  POR-014
04 abril 2024

No final da catequese, o Pontífice saudou os grupos de fiéis presentes na praça de São Pedro, renovando o apelo a favor da paz na Terra Santa e na martirizada Ucrânia, de onde recebeu o texto do Novo Testamento e o rosário de um jovem soldado morto em guerra: ambos foram mostrados aos presentes pelo Papa Francisco, que com este gesto eloquente quis acompanhar a severa admoestação contra a «loucura da guerra». A audiência geral terminou com o canto do Pater Noster e a bênção.

Infelizmente, continuam a chegar notícias tristes do Médio Oriente. Reitero o meu veemente apelo ao cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Expresso o meu profundo pesar pelos voluntários mortos enquanto participavam na distribuição de ajudas humanitárias em Gaza. Rezo por eles e pelas suas famílias. Renovo o meu apelo para que à população civil, exausta e sofredora, seja permitido o acesso à ajuda humanitária, e para que os reféns sejam libertados imediatamente. Evitem-se todas as tentativas irresponsáveis de alastrar o conflito na região e que se trabalhe para que esta e outras guerras que continuam a levar a morte e o sofrimento a tantas partes do mundo possam terminar o mais rapidamente possível. Oremos e trabalhemos incansavelmente para que as armas sejam silenciadas e a paz volte a reinar.

E não esqueçamos a martirizada Ucrânia, com tantos mortos! Tenho nas mãos um rosário e um livro do Novo Testamento deixados por um soldado que morreu na guerra. Este jovem chamava-se Oleksandr, Alexandre, tinha 23 anos. Alexandre lia o Novo Testamento e os Salmos e tinha sublinhado, no Livro dos Salmos, o Salmo 129: «Das profundezas a ti clamo, Senhor; Senhor, ouve a minha voz!». Este jovem de 23 anos morreu na guerra, em Avdiïvka. Deixou atrás de si uma vida. E este é o seu rosário e o seu Novo Testamento, que ele lia e rezava. Gostaria de permanecer um pouco em silêncio neste momento, todos, pensando neste jovem e em muitos outros como ele, que morreram nesta loucura da guerra. A guerra destrói sempre! Pensemos neles e rezemos.

Saúdo os peregrinos de língua portuguesa, invocando para todos as consolações e luzes do Espírito de Deus, a fim de que, vencidos pessimismos e desilusões da vida, possam cruzar, juntamente com os seus entes queridos, o limiar da esperança que temos em Cristo ressuscitado. Conto com as vossas orações. Obrigado!