![Fazer todos os esforços para negociar o fim da guerra POR-012 Fazer todos os esforços para negociar o fim da guerra POR-012](/content/dam/or/images/pt/2024/03/012/varobj23802824obj2035841.jpg/_jcr_content/renditions/cq5dam.thumbnail.cropped.500.281.jpeg)
«Ontem celebrámos a solenidade de São José, padroeiro da Igreja universal»; a ele «recomendamos também as populações da martirizada Ucrânia e da Terra Santa — Palestina, Israel — que tanto sofrem com o horror da guerra». Na audiência geral de quarta-feira, 20 de março, o Papa Francisco voltou a salientar que «a guerra é sempre uma derrota» e que «não se pode continuar em guerra». É necessário, explicou, «fazer todos os esforços para concordar, para negociar, para acabar com a guerra». E exortou os fiéis presentes na praça de São Pedro e quantos o acompanhavam através dos meios de comunicação social a rezar por esta intenção de paz. E como testemunho de quanto se preocupa por ela, ele próprio proferiu estas palavras, depois de ter confiado a leitura do texto da catequese e outras saudações a um dos seus colaboradores.
Continuando o ciclo sobre os vícios e as virtudes, a reflexão foi dedicada ao tema da prudência, que S. Tomás, em continuidade com Aristóteles, chamava “reta ratio agibilium”: isto é, «a capacidade de governar as ações a fim de as orientar para o bem»; a ponto que «é chamada o “cocheiro das virtudes”».
Nesta perspetiva, lê-se no texto pontifício, «a prudência é a qualidade de quem é chamado a governar: sabe que administrar é difícil, que há muitos pontos de vista e é preciso procurar harmonizá-los, que não se deve fazer o bem de alguns, mas de todos». É por isso que, «num mundo dominado pelas aparências, pelos pensamentos superficiais, pela banalidade do bem e do mal, a antiga lição da prudência merece ser recuperada».