Apelo a intensificar a oração pela paz

Não esquecer quantos sofrem por causa da guerra

 Não esquecer quantos sofrem  por causa da guerra  POR-007
15 fevereiro 2024

No início da Quaresma, tempo de «conversão e renovação interior para cuidar dos irmãos mais necessitados», o Papa Francisco relançou o apelo a «nunca esquecer a martirizada Ucrânia, a Palestina e Israel, que tanto sofrem por causa da guerra» e a «intensificar a oração, sobretudo para pedir a paz no mundo». Fê-lo no final da catequese, saudando os fiéis de várias nacionalidades presentes na sala Paulo vi recordando, na saudação em italiano, o testemunho do cardeal Ernest Simoni, que definiu um «mártir vivo». A seguir, a saudação em português e as palavras improvisadas pelo Pontífice.

Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa. Começamos hoje o nosso caminho quaresmal até a Páscoa. Somos chamados ao deserto. Através das práticas do jejum, da esmola e da oração, Jesus nos convida à conversão. Que Deus nos acompanhe e nos abençoe nesta caminhada!

Todos nós lemos e ouvimos as histórias dos primeiros mártires da Igreja, que foram muitos. Aqui, onde hoje se encontra o Vaticano, há um cemitério e muitos dos que foram executados estão aqui enterrados; se cavarmos, encontramos as suas sepulturas. Mas ainda hoje há muitos mártires em todo o mundo: muitos, talvez mais do que no início. São muitos os perseguidos por causa da fé. E hoje gostaria de saudar de modo especial um “mártir vivo”, o cardeal Simoni. Ele, como sacerdote, como bispo, viveu 28 anos na prisão, nas prisões da Albânia comunista, talvez a perseguição mais cruel. E continua a dar o seu testemunho. E como ele, muitos, muitos. Tem agora 95 anos e continua a trabalhar para a Igreja sem desanimar. Caro irmão, agradeço-lhe o seu testemunho. Obrigado!