A palavra-chave da alegria

«Queridos jovens, o amor é a razão primeira da existência da Igreja. Falo, antes de mais, do amor de ternura e misericórdia que Deus Pai sente por cada ser humano e que Jesus Filho nos revelou com a sua vida, a sua morte e a sua ressurreição». Começa com estas palavras A palavra-chave da alegria. Carta do Papa Francisco aos jovens, com a qual o Pontífice apresenta a nova edição de Youcat. Catecismo da Igreja Católica para os jovens (Edições São Paulo, 304 páginas), publicada na quarta-feira, 24 de janeiro.

«Nós, que já somos adultos na fé», escreve Francisco, «não podemos deixar de falar de Jesus, não podemos deixar de o apresentar e não nos empenhar em dá-lo a conhecer a quem ainda não teve oportunidade ou só recebeu as primeiras notícias dele». E este, reitera o Pontífice, é o objetivo de Youcat, «baseado no grande Catecismo da Igreja Católica», mas «com um estilo e um ritmo que, estou certo, vos fará saborear a experiência da vida cristã exatamente como uma extraordinária e fascinante aventura de encontro e de conhecimento de Jesus».

Na continuação da carta, o Papa Francisco cita o prefácio de Bento xvi à primeira edição do subsídio (2011), recordando o que o Pontífice alemão tinha escrito: «Este livro é apaixonante porque nos fala do nosso próprio destino e, por isso, diz respeito a cada um de nós de perto. Não é complacente; não oferece soluções fáceis; apresenta a mensagem do Evangelho como a “pérola preciosa”». Por isso, insiste Francisco, é bom nunca perder a “ligação” com Jesus, perguntando-se sempre, como fazia Santo Alberto Hurtado: «O que faria Cristo no meu lugar?». Esta é a palavra-chave, sublinha o Papa: a verdadeira carga «para acender o nosso coração, para acender a fé e a centelha dos nossos olhos. Olhos brilhantes porque descobrimos que Jesus é a fonte da vida e da alegria». Por isso, insiste Francisco, «ler o Evangelho, rezar com assiduidade e estudar este catecismo com entusiasmo ajudam-nos a “transferir” para o nosso coração e para a nossa mente os olhos de Jesus, os sentimentos de Jesus e as atitudes de Jesus», alcançando assim «o coração da nossa experiência de fé para nos deixarmos iluminar por ele».