
A evocação do Dia da memória, que será celebrado a 27 de janeiro, para não esquecer as vítimas do Shoah, e um novo apelo em prol da paz no Médio Oriente e na Ucrânia, cadenciaram as saudações dirigidas pelo Pontífice aos vários grupos de fiéis presentes na sala Paulo vi, após a catequese. A audiência geral terminou depois com o canto do Pater Noster e a bênção. Em seguida, a saudação aos fiéis de expressão lusófona.
No próximo sábado, 27 de janeiro, celebra-se o Dia internacional da memória das vítimas do Holocausto. Que a recordação e a condenação desse horrível extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras crenças, ocorrido na primeira metade do século passado, ajude todos a não esquecer que as lógicas do ódio e da violência nunca podem ser justificadas, pois negam a nossa própria humanidade.
A própria guerra é uma negação da humanidade. Não nos cansemos de rezar pela paz, para que cessem os conflitos, se detenham as armas e se socorram as populações exaustas. Penso no Médio Oriente, na Palestina, em Israel, penso nas notícias inquietantes que chegam da martirizada Ucrânia, sobretudo devido aos bombardeamentos que atingem lugares frequentados por civis, semeando morte, destruição e sofrimento. Rezo pelas vítimas e pelos seus entes queridos, e imploro a todos, especialmente a quantos têm responsabilidades políticas, que protejam a vida humana pondo fim às guerras. Não esqueçamos: a guerra é sempre uma derrota, sempre! Só “vencem” — entre aspas — os fabricantes de armas!
Saúdo cordialmente os fiéis de língua portuguesa. Peçamos ao Senhor o dom de possuir um coração desprendido dos bens materiais, que não acumule tesouros nesta terra, mas no céu. Que Deus vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!