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As relações entre católicos e ortodoxos 60 anos depois do encontro entre Paulo vi e Atenágoras

Um ósculo fraterno que é também um compromisso

 Um ósculo fraterno  que é também um compromisso  POR-003
18 janeiro 2024

Nos dias 5 e 6 de janeiro, comemorou-se o 60º aniversário do encontro que teve lugar em Jerusalém entre o Papa Paulo vi e o Patriarca ecuménico Atenágoras. Foi então o primeiro encontro entre um Papa e um Patriarca ecuménico depois daquele que teve lugar durante o Concílio de Ferrara (1438-1439) entre o Papa Eugénio vi e o Patriarca José ii . Este importante aniversário é uma ocasião fecunda para olhar primeiro para o passado doloroso das relações entre as duas Igrejas, sabendo que a única maneira de agir sobre o passado é purificar a memória histórica e perdoar. No entanto, o objetivo principal de olhar para os acontecimentos passados é registar com gratidão o que foi alcançado desde 1964 e permitir novos passos para o futuro.

Um regresso à caridade, com força jurídica

O encontro de Jerusalém teve impacto na história sobretudo porque aquele ósculo fraterno selou a vontade das duas Igrejas de restabelecer a caridade mútua. Tal gesto permanece diante dos nossos olhos como um ícone duradouro do desejo de reconciliação. Por isso, o Papa Francisco frisou, na mensagem dirigida ao Patriarca ecuménico Bartolomeu i por ocasião da festa patronal de Santo André em 2023, que o caminho da reconciliação começou «com um abraço», «um gesto que exprime de forma eloquente o reconhecimento mútuo da fraternidade eclesial».1

Este ósculo fraterno contém um profundo significado espiritual. Uma vez que o ágape e o ósculo fraterno representam o fim e o rito da unidade eucarística, o objetivo do caminho iniciado em Jerusalém deve ser o restabelecimento da comunhão eucarística. Com efeito, onde o ágape é vivido seriamente como realidade eclesial, deve tornar-se também ágape eucarístico para ser credível. Isto correspondia à intenção dos dois peregrinos que se encontraram em Jerusalém, que viram naquele acontecimento a aurora de um novo dia em que as gerações futuras louvariam juntas o único Senhor através da partilha do seu Corpo e Sangue eucarísticos.

O memorável encontro de Jerusalém preparou o terreno para o de 7 de dezembro de 1965, quando, na igreja patriarcal de São Jorge no Fanar, em Constantinopla, e na Basílica de São Pedro, em Roma, os mais altos representantes das duas Igrejas anularam as mútuas excomunhões de 1054, afirmando a sua vontade comum de eliminar os anátemas, cuja memória ainda perdura, «da memória e do seio da Igreja», para que deixem de representar «um obstáculo à aproximação no amor».2 Desta forma solene e juridicamente vinculativa, os acontecimentos de 1054 e as suas consequências foram remetidos para o esquecimento histórico e, ao mesmo tempo, foi declarado que já não pertenciam ao inventário oficial das duas Igrejas.

Com este ato histórico, o veneno da excomunhão foi extraído do organismo da Igreja e o «símbolo da divisão» foi substituído pelo «símbolo da caridade»; nas palavras do então teólogo Joseph Ratzinger, «a relação de “caridade arrefecida”, de “oposição, desconfiança e antagonismo”, foi substituída pela relação de caridade e fraternidade, simbolizada pelo ósculo fraterno».3 Com a revogação das excomunhões, a Igreja de Roma e a Igreja de Constantinopla podem voltar a reconhecer-se como Igrejas irmãs, o que é ainda mais significativo se pensarmos que os patronos das duas Igrejas, São Pedro e Santo André, eram irmãos biológicos.

O diálogo da caridade
ao serviço da reconciliação

Estes acontecimentos memoráveis tornaram-se o ponto de partida do diálogo ecuménico da caridade, que se aprofundou nos anos seguintes através de um vivo intercâmbio de visitas e comunicações, testemunhado na documentação comum que tem o belo nome de “Tomos Agapis”. O diálogo da caridade encontrou expressão visível sobretudo na boa tradição das visitas recíprocas entre a Igreja de Constantinopla e a Igreja de Roma, por ocasião das respetivas festas patronais ou de outros acontecimentos particularmente importantes. Para um Pontífice recém-eleito, tornou-se um hábito significativo visitar o Fanar de Constantinopla, pouco depois do início do seu pontificado, para fazer uma visita ao Patriarca ecuménico. E foi um lindo sinal de amizade madura que o Patriarca ecuménico Bartolomeu i tenha vindo a Roma para a cerimónia de tomada de posse do Papa Francisco, um gesto muito apreciável porque foi feito pela primeira vez na história das relações ecuménicas entre Roma e Constantinopla.

O diálogo da caridade deve ser prosseguido e aprofundado, hoje e no futuro, também porque, ao longo da história, diferentes espiritualidades no Oriente e no Ocidente provocaram um progressivo afastamento entre as Igrejas e contribuíram em grande parte para a subsequente rutura. O cardeal Walter Kasper resumiu este processo afirmando de forma concisa e incisiva: «Os cristãos não se afastaram principalmente por causa das suas disputas e diferentes formulações doutrinais, mas afastaram-se uns dos outros por causa dos seus diferentes modos de vida».4 Esta evolução explica-se em grande parte porque, no mundo cristãs ocidental e oriental, o Evangelho de Jesus Cristo foi recebido de forma diversificada desde o início e foi vivido e transmitido em diferentes tradições e formas culturais. Apesar destas diferenças, o mundo cristão do primeiro milénio, no Oriente e no Ocidente, vivia no seio de uma única Igreja. No entanto, os cristãos foram-se afastando cada vez mais uns dos outros e começaram a entender-se cada vez menos, de tal modo que, como Yves Congar realçou de modo eloquente,5 podemos considerar este processo de afastamento mútuo como uma das principais causas do cisma que mais tarde ocorreu.

À luz destes desenvolvimentos históricos, temos de nos perguntar se podemos realmente falar de uma divisão na Igreja entre o Oriente e o Ocidente. A chamada “divisão” é geralmente associada ao ano de 1054, quando foram pronunciadas as excomunhões entre Constantinopla e Roma. No entanto, esta é mais uma data simbólica do que histórica, especialmente porque não houve um cisma no verdadeiro sentido da palavra entre o Oriente e o Ocidente na Igreja, e nenhuma condenação mútua formal teve lugar em 1054 ou em qualquer outra data. O teólogo ortodoxo Grigorius Larentzakis resumiu adequadamente este importante dado com esta breve fórmula: «Sem cisma, mas separados».6 Por conseguinte, não se deveria falar de um cisma, mas de um afastamento crescente na Igreja entre o Oriente e o Ocidente. Este distanciamento, que ao longo da história deu origem a incompreensões e controvérsias, só pode ser superado com paciência e, sobretudo, com caridade, através de uma sincera aproximação.

O diálogo da caridade permitiu redescobrir entre católicos e ortodoxos aquela “fraternidade” que o Papa João Paulo ii considerava como um dos frutos mais importantes do compromisso ecuménico.7 O diálogo da caridade contribui, antes de mais, para a reconciliação entre as Igrejas, que se exprime concretamente no pedido de perdão pelos pecados cometidos no passado. Este pedido de perdão é particularmente urgente no que diz respeito à quarta cruzada de 1204 que, por razões compreensíveis, continua a ser uma ferida aberta para muitos cristãos ortodoxos até aos dias de hoje. Esta cruzada foi inicialmente lançada com um objetivo positivo. No entanto, por razões políticas, Constantinopla foi tomada e saqueada por marinheiros venezianos, apesar de o Papa Inocêncio iii ter proibido estritamente a guerra contra os cristãos — uma advertência que, à luz da guerra na Ucrânia, assume uma relevância renovada.

O diálogo da verdade
em busca da fé comum

Nos processos históricos de distanciamento mútuo, porém, entraram também em jogo questões teológicas sérias. Assim, por um lado o diálogo da caridade exige o diálogo da verdade, ou seja, a elaboração teológica séria das diferenças teológicas que ainda são fonte de divisão, a fim de tornar possível a comunhão eclesial e eucarística. Por outro lado, o diálogo da caridade constitui o pressuposto e o habitat no qual o diálogo da verdade pode florescer. Os dois diálogos estão inseparavelmente ligados, como o estão a caridade e a verdade. Os diálogos ecuménicos só conduzem ao futuro se forem acompanhados pelo amor à verdade da fé e não apenas por interesses políticos eclesiais. O núcleo mais profundo de qualquer esforço ecuménico reside no reconhecimento e aprofundamento da fé apostólica, que é transmitida e confiada a cada novo membro do Corpo de Cristo através do batismo.

O início do diálogo teológico da verdade foi anunciado com uma declaração conjunta, por ocasião da primeira visita do Papa João Paulo ii ao Patriarca ecuménico Demétrio i , por ocasião da festa de Santo André, em Constantinopla, em 1979.8 O diálogo teológico pode partir da constatação encorajadora de que a Igreja católica e a Igreja ortodoxa têm uma vasta base comum de convicções de fé. Por esta razão, o diálogo ecuménico poderia centrar-se inicialmente na consolidação do fundamento comum da fé. Esta ampla base comum deve-se à constatação de que, entre todas as Igrejas cristãs e comunidades eclesiais, os católicos e os ortodoxos são os mais próximos. Com efeito, mantiveram a mesma estrutura eclesial antiga, nomeadamente a estrutura sacramental, eucarística e episcopal subjacente da Igreja, no sentido de que em ambas as Igrejas a unidade na Eucaristia e o ministério episcopal são vistos como constitutivos do ser Igreja.

Neste contexto, a Igreja católica, já com o Concílio Vaticano ii , manifestou um particular apreço pelas Igrejas do Oriente, considerando-as parte de uma comunhão fundamental «entre as Igrejas locais como Igrejas irmãs»,9 porque preveem o ministério episcopal na sucessão apostólica e todos os sacramentos válidos, incluindo em particular a Eucaristia, possuindo assim todos os elementos eclesiais essenciais, que as constituem como Igrejas particulares. E reconhecendo que as Igrejas do Oriente, «embora separadas, têm verdadeiros sacramentos», a Igreja católica considera também que «uma certa “communicatio in sacris”, em circunstâncias apropriadas e com a aprovação da autoridade eclesiástica, não só é possível, mas aconselhável».10

Eclesiologia eucarística:
convergências e divergências

A questão crucial que deve continuar a ser discutida no diálogo ecuménico para restabelecer a comunhão eclesial é a diferente compreensão do ministério do bispo de Roma. Mas até para esta questão, se pode partir de uma base comum. Com efeito, a ortodoxia também considera a Igreja do bispo de Roma em primeiro lugar na taxis das várias sedes, como já estabelecera o Concílio de Niceia. No entanto, enquanto a ortodoxia reconheceria o Papa como «primeiro entre iguais» se a unidade fosse restabelecida, a fórmula fundamental da perspetiva católica vai mais longe, afirmando: «O Papa é o primeiro e tem também funções e tarefas específicas».11

Se olharmos mais de perto para esta diferença, apercebemo-nos de que, por detrás da questão do ministério petrino, existe também uma diferença eclesiológica, uma vez que, na estrutura fundamental da Igreja primitiva que os ortodoxos e os católicos conservaram, a questão do ministério do Papa é o elemento que ainda é visto como controverso. No entanto, também e sobretudo na questão eclesiológica podemos encontrar um fundamento largamente comum, mais precisamente no desenvolvimento de uma eclesiologia eucarística, que foi promovida principalmente por teólogos russos exilados em Paris após a primeira guerra mundial e revitalizada pela Igreja católica com o Concílio Vaticano ii .

Na teologia católica, isto é demonstrado porque, em contraste com uma eclesiologia universalista unilateral prevalecente no passado, o Concílio redescobriu as “Igrejas” no plural, revalorizando teologicamente as Igrejas locais, cada uma das quais é plenamente Igreja, mesmo que não seja a totalidade da Igreja: «Esta Igreja de Cristo está verdadeiramente presente nas legítimas comunidades locais de fiéis, que, unidas aos seus pastores, são também chamadas Igrejas no Novo Testamento».12A Igreja católica vive assim na inter-relação entre a pluralidade das Igrejas locais e a unidade da Igreja universal.

Na interpretação católica, a dimensão universal não está de modo algum em oposição à eclesiologia eucarística. Com efeito, a Igreja católica entende o primado do bispo de Roma não exclusiva nem principalmente como um elemento jurídico e meramente externo à eclesiologia eucarística, mas antes como uma realidade nela enraizada. A unidade da Igreja reside profundamente na constatação de que ela vive da única Eucaristia. Também o primado do bispo de Roma deve ser entendido em referência àquela rede de comunidades eucarísticas que é a Igreja, como observou eloquentemente D. Bruno Forte: «O primado na Eucaristia».13 Portanto, a missão do bispo de Roma que, segundo as palavras de Santo Inácio de Antioquia, tem o «primado na caridade», é unir na Eucaristia todas as Igrejas locais do mundo na única Igreja universal. O primado do bispo de Roma é um primado de caridade, que visa aquela unidade da Igreja que permite e preserva a comunhão eucarística e impede, de modo credível e eficaz, que um altar se oponha a outro.

Em contrapartida, a eclesiologia eucarística no mundo ortodoxo está ligada a uma eclesiologia de Igreja local muito forte. Por Igreja entende-se a comunidade de fé que, reunida à volta do seu bispo, celebra com ele a Eucaristia. É por isso que cada comunidade eucarística é plenamente Igreja. Embora a unidade horizontal das Igrejas locais entre si represente plenitude e beleza, ela não é, em última análise, constitutiva da Igreja. O mesmo acontece a nível regional, onde, segundo o princípio da autonomia e da autocefalia, as Igrejas são independentes; e porque estão estreitamente ligadas à respetiva nação, existem como Igrejas nacionais. Esta é certamente a sua força, porque estão inculturadas nas sociedades em que vivem os crentes.

No entanto, o risco que as Igrejas nacionais correm é de, não raramente, estarem sujeitas a fortes tendências nacionalistas. Tais tendências devem-se também à consideração de que a ortodoxia — também ao contrário da Igreja católica — não reconhece uma separação entre a Igreja e o Estado, mas vê uma “sinfonia” entre eles. Por conseguinte, a dimensão universal da Igreja passa para segundo plano. No entanto, se ela não for valorizada, será difícil chegar a uma noção comum de um ministério da unidade, até a nível universal.

A reconciliação ecuménica
entre sinodalidade e primado

Isto levanta a importante questão de saber como se pode conseguir uma maior convergência teológica na interpretação do conceito de Igreja entre católicos e ortodoxos. Escusado será dizer que isto não pode ser um compromisso baseado no menor denominador comum. Pelo contrário, os pontos fortes de ambas as comunidades eclesiais devem dialogar entre si. Neste sentido, o Grupo de trabalho ortodoxo-católico de Santo Ireneu, no seu documento de estudo intitulado «Ao serviço da comunidade», forneceu a seguinte orientação: «Em particular, as Igrejas devem esforçar-se por um melhor equilíbrio entre sinodalidade e primado a todos os níveis da vida eclesial, através de um reforço das estruturas sinodais na Igreja católica e através da aceitação pela Igreja ortodoxa de uma certa primazia no seio da comunhão mundial das Igrejas».14 Portanto, para progredir neste rumo no diálogo ecuménico é necessária uma disponibilidade para aprender da parte de ambas as Igrejas.

Por um lado, a Igreja católica deve admitir que ainda não desenvolveu, na sua vida e nas suas estruturas eclesiais, aquele grau de sinodalidade que seria teologicamente possível e necessário, e que a valorização e o reforço da sinodalidade é também uma contribuição importante para o reconhecimento ecuménico do primado do bispo de Roma. A este respeito, o Papa Francisco está convencido de que os esforços teológicos e pastorais empreendidos para construir uma Igreja sinodal também têm um forte impacto sobre o ecumenismo e que, em particular, a questão do primado petrino pode ser mais adequadamente esclarecida numa Igreja sinodal: «O Papa não está, sozinho, acima da Igreja; mas dentro dela como Batizado entre os Batizados e dentro do Colégio Episcopal como Bispo entre os Bispos, chamado ao mesmo tempo — como sucessor do apóstolo Pedro — a guiar a Igreja de Roma que preside no amor a todas as Igrejas».15

Por outro lado, esperamos que a Igreja ortodoxa esteja disposta a repensar o princípio da autocefalia de modo a permitir uma maior abertura à dimensão universal da Igreja e, consequentemente, seja capaz de reconhecer a necessidade teológica de um primado também a nível universal. Neste sentido, sobretudo o teólogo e metropolita ortodoxo John D. Zizioulas frisou reiteradamente que um ministério de unidade a nível universal da Igreja não é de modo algum contrário a uma eclesiologia eucarística, mas compatível com ela.

A Comissão conjunta internacional para o diálogo teológico entre a Igreja católica e a Igreja ortodoxa também tem como objetivo um melhor equilíbrio entre sinodalidade e primado. Em particular, durante a Assembleia plenária de 2007, em Ravenna, a Comissão adotou um importante documento que afirma que a sinodalidade e o primado são interdependentes e que esta correlação se realiza a todos os níveis da Igreja, local, regional e universal. Que católicos e ortodoxos tenham podido declarar juntos, pela primeira vez, que a Igreja precisa de um Protos também a nível universal é certamente um marco no caminho do ecumenismo. Entretanto, a Comissão ampliou e aprofundou esta visão fundamental com mais dois documentos sobre Sinodalidade e primado no primeiro milénio (em Chieti, em 2016) e sobre Sinodalidade e primado no segundo milénio e hoje (em Alexandria, em 2023).

Estes esforços ecuménicos visam restaurar a comunhão eclesial para que a Igreja ortodoxa e a Igreja católica não continuem a viver como duas Igrejas separadas, mas como uma só Igreja no Oriente e no Ocidente, refletindo assim a unidade do Corpo de Cristo. Mas o ser Corpo da Igreja tende a ir para além de si mesmo, em direção à comunhão vinculativa no Corpo Eucarístico do Senhor, razão pela qual a unidade restaurada da Igreja resultará na recomposição da comunhão eucarística.

O Patriarca ecuménico Atenágoras exprimiu esta visão com palavras incisivas já em 1968: «Chegou a hora da coragem cristã. Amemo-nos uns aos outros; professemos a mesma fé comum; caminhemos juntos para a glória do sagrado Altar comum, para cumprir a vontade do Senhor, para que a Igreja resplandeça, o mundo creia e a paz de Deus venha sobre todos».16 Nesta visão realiza-se o significado profundo daquele ósculo fraterno que foi trocado em Jerusalém há sessenta anos e que ainda une católicos e ortodoxos num compromisso comum.

* Cardeal presidente do Dicastério
para a promoção da unidade dos cristãos

1 Francisco, Mensagem ao Patriarca Bartolomeu na Festa de Santo André, 30 de novembro de 2023

2 Déclaration commune du pape Paul vi et du patriarche Athenagoras esprimant leur décision d’enlever de la mémoire et du milieu de l’Eglise les sentences d’excommunication de l’année 1054, dans: Tomos Agapis. Vaticano-Phanar (1958-1970) (Roma — Istanbul 1971), n. 127.

3 J. Kardinal Ratzinger, Rom und die Kirchen des Ostens nach der Aufhebung der Exkommunikationen von 1054, in: Ders., Theologische Prinzipienlehre. Bausteine zur Fundamentaltheologie (München 1982) 214-230, zit. 229.

4 W. Kardinal Kasper, Wege der Einheit. Perspektiven für die Ökumene (Freiburg i. Br. 2005) 208.

5 Vgl. Y. Congar, Zerstrittene Christenheit. Wo trennten sich Ost und West (Viena 1959).

6 G. Larentzakis, Kein Schisma, trotzdem getrennt, in: Die Tagespost vom 27. Juni 2021.

7 João Paulo ii , Ut unum sint, nn. 41-42.

8 A Declaração, redigida em grego e francês, foi publicada na edição diária de L’Osservatore Romano de 1 de dezembro de 1979.

9 Cf. Unitatis redintegratio, n. 14.

10 Unitatis redintegratio, n. 15.

11 Bento xvi , Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos. Uma conversa com Peter Seewald (Cidade do Vaticano, 2010) 132.

12 Lumen gentium, n. 26.

13 B. Forte, Il primato nell’eucaristia. Considerazioni ecumeniche intorno al ministero petrino nella Chiesa, in: Asprenas 23 (1976) 391-410.

14 Em Dienst an der Gemeinschaft. Das Verhältnis von Primat und Synodalität neu denken. Eine Studie des Gemeinsamen orthodox-katholischen Arbeitskreises St. Irenäus (Paderborn 2018) 94.

15 Francisco, Discurso por ocasião da comemoração do 50º aniversário da instituição do Sínodo dos bispos, 17 de outubro de 2015.

16 Télégramme du patriarche Athénagoras au pape Paul vi , à l’occasion de l’anniversaire de la levée des anathèmes le 7 décembre 1969, in: Tomos Agapis. Vatican-Phanar (1958-1970) (Rome-Istanbul 1971) Nr. 277.

Kurt Koch *