· Cidade do Vaticano ·

Apresentação na Sala de imprensa da Santa Sé

Não há Sínodo sem oração

28 setembro 2023

Dois bispos chineses participarão no Sínodo de outubro próximo. «A Igreja local, de comum acordo com as autoridades, apresentou os dois prelados nomeados pelo Papa», anunciou o bispo agostiniano Luis Marín de San Martín, subsecretário da Secretaria geral do Sínodo dos bispos, apresentando na manhã de 21 de setembro o calendário e a lista dos participantes na xvi assembleia geral ordinária, que começará no dia 4 de outubro.

O encontro com os jornalistas, transmitido via streaming, teve lugar na Sala de imprensa da Santa Sé e foi introduzido por Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a comunicação e presidente da Comissão para a informação da assembleia sinodal.

Apresentando alguns dados, D. Marín de San Martín explicou que haverá 464 participantes, incluindo os oficiais da secretaria. Sem considerar estes últimos, serão 449. Os membros do Sínodo totalizam 365, ou seja, 364 mais o Pontífice. Destes, 54 são mulheres. Outros não votantes são 85, dos quais 27 são mulheres. Em particular, haverá 9 convidados especiais, 12 delegados fraternos, 61 peritos e um responsável pela liturgia com dois assistentes espirituais. O número total de mulheres será de 81, excluindo as da Secretaria geral.

O bispo recordou que, antes da abertura do Sínodo, haverá uma vigília ecuménica de oração na presença do Papa Francisco e de representantes de várias Igrejas, no final da tarde de 30 de setembro, na praça de São Pedro, e depois três dias de retiro espiritual, até 3 de outubro à noite, em Sacrofano. Os exercícios espirituais serão orientados pelo dominicano Timothy Peter Joseph Radcliffe, do mosteiro de Oxford (Grã-Bretanha), e pela madre beneditina Maria Ignazia Angelini, do mosteiro de Viboldone.

D. Marín de San Martín realçou a importância da oração pelo Sínodo, recordando que a 12 de setembro o cardeal Mario Grech, secretário-geral, enviou uma carta aos bispos e eparcas do mundo, convidando todos os fiéis a rezar. A oração, observou, é a melhor maneira de participar, pois sem ela não há Sínodo.

Depois, o jesuíta Giacomo Costa, presidente da Fundação cultural San Fedele de Milão, acompanhante espiritual nacional das Associações cristãs de trabalhadores italianos (Acli) e secretário especial do Sínodo, explicou que o calendário de trabalhos apresentado retoma alguns dos temas discutidos numa conferência de imprensa anterior. Trata-se de um instrumento indispensável para acompanhar a evolução dos trabalhos. Alguns momentos-chave, observou, serão a vigília de oração ecuménica, o retiro espiritual, a inauguração com a missa solene celebrada na praça de São Pedro no dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, e a missa de encerramento no domingo 29, na mesma praça. O padre Costa recordou que no início de cada módulo será celebrada uma missa no altar da cátedra da basílica do Vaticano, e depois, na tarde de quinta-feira 12, uma peregrinação. Em seguida, na noite de quinta-feira 19, a oração pelos migrantes e refugiados, na praça de São Pedro, e na noite de quarta-feira 25, a recitação do Rosário nos Jardins do Vaticano.

O jesuíta explicou que os trabalhos serão divididos em cinco módulos: os primeiros quatro tratarão das várias partes do Instrumentum laboris, o último será utilizado para aperfeiçoar e debater o relatório de síntese. Cada módulo durará meio dia, e o relator-geral apresentará os vários temas do capítulo do Instrumentum laboris; seguir-se-ão intervenções teológicas e testemunhos para aprofundar os temas. O jesuíta explicou que haverá 35 grupos de 11 pessoas e um facilitador: 14 serão em inglês, 7 em espanhol, 5 em francês, 8 em italiano e um em português. Metade da assembleia escolheu o inglês como primeira língua e o italiano como segunda. Sucessivamente, foi anunciado que a Sala de Imprensa ativou um e-mail dedicado ao Sínodo: sinodo@salastampa.va