Abandonem as armas
no Nagorno-Karabakh

E falando do testemunho de Daniel Comboni pediu para salvar a África de todas as formas de escravatura e do colonialismo

Francisco pediu que sejam «abandonadas as armas» e que tenham fim os combates no Nagorno-Karabakh. Na audiência geral de quarta-feira, 20 de setembro, o Pontífice expressou a sua preocupação pela situação na região do Cáucaso Meridional — onde «a situação humanitária já crítica é agora agravada por novos confrontos armados» — e apelou «a todas as partes envolvidas e à comunidade internacional», esperando que «sejam feitos todos os esforços para encontrar soluções pacíficas para o bem das pessoas e o respeito pela dignidade humana». Anteriormente, prosseguindo as suas reflexões sobre a paixão evangelizadora, o Pontífice falou aos milhares de fiéis presentes na praça de São Pedro sobre a figura e o testemunho de Daniel Comboni, o santo bispo missionário que, recordou, «tomou consciência do mal da escravatura» e compreendeu que esta «tem as suas raízes numa escravatura mais profunda, a do coração, a do pecado, da qual o Senhor nos liberta».

Como cristãos, portanto, «somos chamados a lutar contra todas as formas de escravatura», conscientes de que aquela terra «tão amada por Comboni» é hoje «dilacerada por muitos conflitos». Por isso, Francisco quis renovar o apelo lançado no início deste ano durante a sua viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul: «Parem de sufocar a África: não é uma mina a explorar, nem uma terra a saquear». E apelou, em particular, a não esquecer os pobres, «porque neles está Jesus crucificado, à espera de ressuscitar».

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