Solidariedade
Líbia e Marrocos no coração do Papa Francisco. Na audiência geral de quarta-feira, 13 de setembro, o pensamento do Pontífice dirigiu-se aos dois países do Norte de África que foram palco de acontecimentos naturais desastrosos nos últimos dias. Aos fiéis reunidos na praça de São Pedro, o Papa pediu que testemunhassem proximidade às populações líbias «duramente atingidas por violentas chuvas, que provocaram inundações e alagamentos, causando numerosos mortos e feridos, bem como danos consideráveis». Convido-vos, exortou, «a unirem-se a mim nas orações por quantos perderam a vida, pelas suas famílias e por todos os que ficaram desalojados. Não falte a nossa solidariedade para com estes irmãos e irmãs». Francisco recordou depois o «nobre povo marroquino que sofreu estes abalos de terra, estes terramotos», desejando que «o Senhor lhe dê a força para se recuperarem depois desta terrível “emboscada” que passou sobre a sua terra». Precedentemente, dedicou a catequese à figura do Beato venezuelano José Gregório Hernández Cisneros, conhecido como «o médico dos pobres» pelo seu compromisso humano e profissional a favor dos pobres. A caridade, recordou, «foi a estrela polar que orientou» a sua existência. «À riqueza do dinheiro», acrescentou, «preferiu a riqueza do Evangelho, gastando a sua vida para ajudar os necessitados», porque «nos pobres, nos doentes, nos migrantes, nos sofredores, via Jesus». E «o sucesso que nunca procurou no mundo recebeu, e continua a receber, de quem lhe chama “santo do povo”, “apóstolo da caridade”, “missionário da esperança”». Por isso, o seu exemplo continua a ser de grande atualidade, porque «nos estimula ao compromisso perante os grandes problemas sociais, económicos e políticos de hoje».