Jovens a caminho para ajudar os outros

Madrid e Rio de Janeiro: as cidades onde se realizaram as duas edições precedentes da Jornada mundial da juventude, respetivamente em 2011 e 2013, depois seguidas pela Jmj de Cracóvia, em 2016, e do Panamá, em 2019. As imagens indeléveis desses encontros constituem o pano de fundo da nova mensagem vídeo, difundida na tarde de 27 de julho, através da Rede mundial de oração do Papa. Nela está contida a intenção para o mês de agosto, dedicada à Jmj, pois o mês tem início precisamente com o encontro internacional das novas gerações em Lisboa.

A particularidade desta curta-metragem é o diálogo entre o Papa Francisco e alguns jovens, que lhe fazem perguntas em português, inglês e francês. São os jovens do Movimento eucarístico juvenil (Mej), da Rede mundial de oração do Papa, que conta com quase dois milhões de membros presentes em sessenta países.

A primeira pergunta é formulada por jovens do Brasil: «Quando vou à igreja no meu bairro, só vejo pessoas idosas. Agora a Igreja é algo só para anciãos?». Passam as cenas da celebração da Jmj na praia de Copacabana, repleta de jovens. «A Igreja não é um clube para idosos — responde o Pontífice — assim como não o é para jovens. Se se tornar um clube para idosos, estará destinada a morrer. São João Paulo ii dizia que se vivermos com os jovens, também nos tornaremos jovens, e a Igreja precisa de jovens para não envelhecer». Em seguida, é a vez de três jovens das Filipinas, que perguntam por que foi escolhido o lema da próxima Jmj em Lisboa: «Maria levantou-se e partiu apressadamente».

O Papa explica que «Maria, logo que sabe que vai ser a mãe de Deus, não fica ali a tirar uma selfie nem a exibir-se. A primeira coisa que faz é pôr-se a caminho, apressadamente, para servir, para ajudar. Também vós deveis aprender com Ela a pôr-vos a caminho para ajudar os outros». Por fim, três jovens da Costa do Marfim perguntam-lhe o que espera desta Jmj.

Na capital de Portugal «gostaria de ver — sublinha o Papa — uma semente do mundo do futuro. Um mundo onde o amor esteja no centro, no qual nos possamos sentir irmãos e irmãs. Estamos em guerra, precisamos de algo diferente. Um mundo que não tenha medo de dar testemunho do Evangelho. Um mundo onde haja alegria, porque se nós, cristãos, não tivermos alegria, não seremos credíveis e ninguém acreditará em nós».

O vídeo termina com os jovens que lançam um convite a rezar, a fim de que a Jornada mundial da juventude de Lisboa «nos ajude, a nós jovens, a pôr-nos a caminho, testemunhando o Evangelho com a nossa vida».

O padre João Wilkes Rebouças Chagas, responsável pelo departamento juvenil do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, evidenciou para esta ocasião que «é bom podermos rezar juntos, meditando sobre o tema do diálogo intergeracional, tão querido ao nosso amado Papa Francisco». Para «promover a cultura do encontro a 360 graus, depois da terrível experiência da pandemia, do isolamento social, que esta Jmj seja uma oportunidade para que os jovens de todo o mundo voltem a abraçar-se, na esperança de viver tempos de paz».

Por sua vez, o jesuíta Frédéric Fornos, diretor internacional da Rede mundial de oração, frisou que o vídeo do Papa deste mês é um dos sinais da presença da obra pontifícia na Jmj de Lisboa. Com efeito, já desde 2020, «o caminho de preparação para o evento foi acompanhado pela app oficial de oração do Papa “Click to pray”, que a 23 de cada mês dedica regularmente uma oração ao encontro de Lisboa». O padre Fornos anunciou que, de 30 de julho a 6 de agosto, durante o evento, “Click to pray” oferece aos participantes e a quantos não puderem estar fisicamente presentes, mas que quiserem acompanhar a Jmj orando à distância, três meditações diárias, em formato de texto e áudio, disponíveis em cinco línguas: português, espanhol, inglês, italiano e francês. O Movimento eucarístico juvenil também estará presente em Lisboa.

Difundido através do site www.thepopevideo.org, o filme, traduzido em 23 línguas, foi criado e realizado pela Rede mundial de oração em colaboração com a agência La Machi e o Dicastério para a comunicação e, este mês, com a colaboração da Fundação Jmj Lisboa 2023 e do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.