O Santo Padre e os jovens rumo a Lisboa

«Faltam 40 dias, como uma Quaresma, para o encontro de Lisboa. Estou pronto! Já tenho tudo, não vejo a hora de ir! Alguns pensam que, por causa da doença, não posso ir, mas o médico disse-me que posso, por isso estarei convosco. Vamos lá, jovens»! Foram estas as palavras dirigidas pelo Papa Francisco numa mensagem vídeo aos jovens peregrinos da Jornada mundial da juventude.

Uma mensagem, divulgada na manhã de 22 de junho, com a qual o Pontífice quis encorajar os jovens que se «preparam para ir a Lisboa» ou que vão acompanhar a jmj «de longe».

O encontro em solo português, disse, «é um ponto de atração para todos. Neste momento, é o ponto para o qual temos de olhar. Para onde vós, jovens, deveis olhar. Em frente»!

Em particular, Francisco exortou-os a não dar ouvidos «àqueles que reduzem a vida a ideias. Pobres pessoas. Perderam a alegria da vida e a alegria do encontro. Rezai por elas». E propôs aos peregrinos que ponham em prática «as três linguagens da vida: a linguagem da cabeça, a linguagem do coração e a linguagem das mãos».

«A linguagem da cabeça», explicou, «para pensar claramente no que sentimos e fazemos. A linguagem do coração para sentirmos bem, profundamente, o que pensamos e fazemos. A linguagem das mãos para realizar o que sentimos e pensamos».

«Vamos lá, coragem. Vemo-nos em Lisboa!», concluiu o Papa que recebeu a mochila dos peregrinos da jmj .

Noutra mensagem vídeo, também divulgada na manhã de 22 de junho, o Pontífice encorajou e agradeceu a todos os que estão a tornar «possível toda a infraestrutura do encontro de jovens», organizando a logística da receção em Lisboa.

«Sei que estão a gastar horas e horas de trabalho para tornar isto possível», disse Francisco. «E esta não é a pior parte»: a «parte mais difícil virá depois, quando durante a Jornada tiverdes de manter as estruturas de ordem, saúde, alimentação, limpeza, tantas coisas que são necessárias».

Aos que realizam estes serviços fundamentais e que tornam possível a Jornada, o Pontífice pediu para não aparecerem «como protagonistas». Além disso, acrescentou, «a jmj não pode ser realizada sem o vosso trabalho. Por isso digo obrigado, obrigado por serdes sementes» que brotam «de baixo para cima: não se vê, mas o fruto vai nascer».

Para concluir, Francisco voltou a agradecer calorosamente aos operadores logísticos pelo seu trabalho e pela sua «generosidade. E obrigado por não vos deixardes seduzir pelo canto das sereias. A única coisa que sabem fazer é criticar os outros e são incapazes de apresentar um projeto válido».