As expetativas e os dramas dos povos da Amazónia, a grande contribuição das mulheres para a Igreja do território, a importância da educação, o caminho sinodal e a situação dos povos indígenas foram apresentados ao Papa Francisco por três mulheres, que se fizeram porta-vozes de quantos vivem na grande região latino-americana de seis milhões de km2, subdividida em nove países.
Trata-se de Patricia Gualinga e irmã Laura Vicuña, vice-presidentes da Conferência eclesial da Amazónia (Ceama), e Yesica Patiachi, vice-presidente da Rede eclesial pan-amazônica (Repam), que foram recebidas pelo Pontífice na manhã de 1 de junho, na Biblioteca particular do Palácio apostólico do Vaticano.
Foi um encontro muito desejado pelas três representantes indígenas, que no início de março escreveram ao Papa, chamando-lhe carinhosamente “Abuelo Francisco”.
Durante o encontro, ofereceram ao bispo de Roma alguns dons, entre os quais uma t-shirt para denunciar a exploração dos recursos e a destruição da Casa comum, e outra com a inscrição “Quito, sin minería”, com a imagem de São Francisco e do próprio Pontífice; mas também algumas caixas de chocolates, colares e um quadro que representa a Amazónia ameaçada pela especulação e pela exploração.
Patricia Gualinga participou no Sínodo sobre a Amazónia, em 2019, descrevendo mais tarde aquela experiência num artigo publicado no número especial de «L’Osservatore Romano» por ocasião dos dez anos de pontificado do Papa Bergoglio.