Queridos irmãos e irmãs, queridas famílias!
Vocês vão receber jovens para a Jornada Mundial da Juventude. A vossa casa vai aumentar, ser maior. Vão ter hóspedes jovens como os vossos filhos, como os vossos familiares jovens, e vão tê-los todos em casa. Isto vai revolucionar tudo um pouco. Se quisermos falar em termos burgueses, vai ser um incómodo.
Mas vocês fazem isto com o coração grande, não apenas para servir, que já é uma grande coisa, mas também para se abrirem a outros jovens e outras culturas, a outro modo de ver a vida. Estes jovens que vêm vão levantar problemas, incómodos e dar trabalho em vossa casa, mas vão deixar sementes de outra cultura, vão deixar a semente de outro ponto de vista, vão questionar cada um de vós em tantas coisas que tomavam por certas e que agora veem que, noutros lados, podem ser feitas de outra maneira. Vão universalizar-vos. Vocês recebem jovens de toda a parte. Parece que é uma coisa pequenina, porque só vão acolher um ou dois jovens cada família e, no entanto, o universo cultural vai entrar em vossa casa e vai sair, neles com a vossa experiência. Os jovens estrangeiros dizem mesmo que a experiência mais rica foi a da família que os recebeu. Para eles é isso, mas para vocês é uma prova de que se pode ser cristão de outra maneira, com outra cultura, com outro modo de ver as coisas. A isto chamamos universalizar, abrir-se ao horizonte. Obrigado pelo que fazem, obrigado. Vai ser um incómodo para vós, vai dar trabalho, mas vai ser uma semente do universo, de olhar para o horizonte mais além dos nossos pequenos limites, das nossas pequenas fronteiras, seja geográfica, cultural ou espiritual. Obrigado por esta generosidade de receber jovens.
Que Deus vos bendiga, que a Virgem cuide de vós, e peço-vos que rezem por mim. Obrigado.