Publicamos o texto do “Pacto de Assis 2022”, assinado na manhã de 24 de setembro pelo Papa e pelos jovens de “The Economy of Francesco”.
Nós, jovens economistas, empresários, changemakers,
chamados aqui a Assis do mundo inteiro,
conscientes da responsabilidade que pesa sobre a nossa geração,
comprometemo-nos agora, individualmente e todos juntos,
a dedicar a nossa vida a fim de que a economia de hoje e de amanhã se torne uma Economia do Evangelho. Portanto:
uma economia de paz, não de guerra,
uma economia que contrasta a proliferação das armas,
especialmente as mais destrutivas,
uma economia que cuida da criação e não a depreda,
uma economia ao serviço da pessoa, da família e da vida, respeitadora
de cada mulher, homem, criança, idoso e sobretudo dos mais frágeis e vulneráveis,
uma economia onde o cuidado substitui o descarte e a indiferença,
uma economia que não deixa ninguém para trás, a fim de construir uma sociedade
na qual as pedras descartadas pela mentalidade predominante
se transformem em pedras angulares,
uma economia que reconhece e protege o trabalho digno
e seguro para todos, especialmente para as mulheres,
uma economia onde as finanças são amigas e aliadas da economia real
e do trabalho, e não contra elas,
uma economia que sabe valorizar e preservar as culturas e as tradições dos povos,
todas as espécies vivas e os recursos naturais da Terra,
uma economia que combate a miséria em todas as suas formas, reduz
as desigualdades e sabe dizer, com Jesus e com Francisco,
“bem-aventurados os pobres”,
uma economia guiada pela ética da pessoa e aberta à transcendência,
uma economia que cria riqueza para todos, que gera alegria,
e não apenas bem-estar, porque uma felicidade não compartilhada
é demasiado pouco.
Acreditamos nesta economia. Não é uma utopia, pois já a construímos.
E alguns de nós, em manhãs particularmente resplandecentes,
já vislumbramos o início da terra prometida.
Assis, 24 de setembro de 2022
As economistas, os economistas, as empresárias, os empresários,
as changemakers, os changemakers, as estudantes e os estudantes, as trabalhadoras e os trabalhadores