O Papa Francisco recitará a oração do Rosário diante da imagem de Maria Regina pacis, na basílica de Santa Maria Maior, às 18 horas de hoje, 31 de maio. Ao lado do Pontífice estarão uma família ucraniana, pessoas ligadas às vítimas da guerra e um grupo de capelães militares com os respetivos Corpos. E, em ligação, numerosos santuários internacionais, alguns dos quais em países em guerra ou atingidos por violências.
O Pontifício conselho para a promoção da nova evangelização informou — num comunicado divulgado a 26 de maio — que com esta iniciativa de oração, no final do mês mariano, «o Papa deseja oferecer um sinal de esperança ao mundo, que sofre com o conflito na Ucrânia, e profundamente ferido pela violência dos numerosos teatros de guerra ainda ativos».
A imagem de Maria Regina pacis está sobre o altar do lado esquerdo da basílica liberiana. Desejada por Bento xv, foi realizada pelo escultor Guido Galli, na época vice-diretor dos museus do Vaticano, precisamente para pedir à Virgem o dom do fim da primeira guerra mundial, em 1918.
Nossa Senhora é representada com o braço esquerdo levantado, como sinal para ordenar o fim do conflito, enquanto que com o direito carrega o Menino Jesus, prestes a deixar cair o ramo de oliveira que simboliza a paz. Na base foram esculpidas flores, em representação do florescimento da vida com o regresso da paz.
É tradicional que os fiéis coloquem aos pés da Virgem pequenos bilhetes manuscritos com intenções de oração. Francisco porá uma coroa de flores aos pés da imagem, antes de dirigir a sua oração a Nossa Senhora e deixar a sua intenção particular.
Representantes de todo o povo de Deus estarão presentes para apoiar a oração do Papa: em especial, os jovens que receberam a primeira Comunhão e a Crisma nas últimas semanas, escoteiros, famílias da comunidade ucraniana em Roma, representantes da fervorosa Juventude mariana, membros do Corpo da Gendarmaria do Vaticano e da Pontifícia guarda suíça, e fiéis das três paróquias de Roma com o nome da Virgem Maria Rainha da Paz, com membros da Cúria romana.
Como sinal de proximidade aos mais concernidos pela dinâmica destes trágicos acontecimentos, a família ucraniana, o povo enlutado pela guerra e o grupo de capelães militares foram convidados a recitar as dezenas do Rosário.
Outro sinal importante é a participação de santuários internacionais do mundo, especialmente alguns localizados em países ainda marcados pela tragédia da guerra ou com forte instabilidade política, que causa numerosos episódios de violência no seu interior.
Nestes santuários, o Rosário será recitado contemporaneamente, via streaming, com a oração em Santa Maria Maior.
Participarão na prece com o Papa: o santuário da Mãe de Deus (Zarvanytsia), na Ucrânia; a catedral de Sayidat al-Najat (Nossa Senhora da Salvação), no Iraque; a catedral de Nossa Senhora da Paz, na Síria; e a catedral de Maria Rainha da Arábia, no Bahrein.
E ainda os santuários internacionais: Shrine of Our Lady of Peace and Good Voyage; International Shrine of Jesus Saviour and Mother Mary; Santuário de Jasna Góra; Santuário Internacional dos Mártires Coreanos; Santa Casa de Loreto; Bem-Aventurada Virgem do Santo Rosário; International Shrine of Our Lady of Knock; Bem-Aventurada Virgem do Rosário; Nossa Senhora Rainha da Paz; Nossa Senhora de Guadalupe; e Nossa Senhora de Lourdes.
Os fiéis, em todas as partes do mundo, são convidados a apoiar o Papa Francisco na oração à Rainha da Paz. O Rosário será transmitido ao vivo nos canais oficiais da Santa Sé — todas as redes católicas do mundo estarão interligadas — e será acessível às pessoas surdas e com dificuldade de audição através da tradução na língua dos sinais italiana lis.