No domingo de Páscoa da Ressurreição do Senhor, o Papa Francisco presidiu à solene celebração da missa no adro da basílica do Vaticano, que começou com o rito do “Resurrexit”. Em seguida, ao meio-dia, da varanda central da basílica, o Pontífice dirigiu a tradicional mensagem pascal a cem mil fiéis presentes na praça de São Pedro e a quantos o acompanhavam através dos vários meios de comunicação, concedendo a conclusiva bênção “Urbi et Orbi”, na qual pediu, entre outras coisas, «que os conflitos, guerras e contendas deem lugar à compreensão e reconciliação. Enfatizar sempre esta palavra: reconciliação, porque o que Jesus fez no Calvário e com a sua ressurreição foi reconciliar-nos a todos com o Pai, com Deus e uns com os outros. Reconciliação!».
Precedentemente, os ritos do Tríduo pascal tiveram início na manhã de Quinta-Feira Santa, 14 de abril, quando o Pontífice presidiu à missa crismal na basílica do Vaticano, levando mais de 18.000 presbíteros, bispos e purpurados ao momento da própria ordenação para a renovação das promessas sacerdotais e alertando contra as idolatrias da mundanidade espiritual, a fim de que o serviço sacerdotal seja mais autêntico. No final da celebração, ofereceu aos presbíteros um livro intitulado “Testimoni, non funzionari. Il sacerdote dentro il cambiamento d’epoca”.
Na parte da tarde, Francisco foi a Civitavecchia onde, na capela do novo complexo penitenciário, celebrou a missa “in Coena Domini”. Dirigindo-se aos presos, recordou que «Deus perdoa tudo, Deus perdoa sempre! Somos nós que nos cansamos de pedir perdão» e convidou todos ao perdão recíproco.
Mais de dez mil pessoas participaram na Via-Sacra na presença do Santo Padre no extraordinário cenário do Coliseu, celebração transmitida em cosmovisão na Sexta-Feira Santa, na noite de Roma e infelizmente na noite do mundo, durante a qual as 14 estações do rito sagrado foram cadenciadas pela história de famílias que partilharam a essencialidade da experiência da cruz: sem rodeios, precisamente através de episódios da vida concreta. Concluindo, o Papa recitou uma oração para pedir a efusão do Espírito: «Ajudai-nos a despojar-nos do homem velho, corrompido pelas paixões enganadoras, e revesti-nos do homem novo, criado segundo a justiça e a santidade».
Celebrada pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio cardinalício, a solene vigília da Páscoa na Noite santa teve lugar no final da tarde de 16 de abril, ainda na basílica do Vaticano, na presença do Papa, que nessa ocasião batizou sete jovens.
Os pronunciamentos do Papa no tríduo pascal
e no domingo de Páscoa nas páginas 2 a 7