«Uma trégua pascal; não para recarregar armas e retomar os combates», mas «para chegar à paz» na Ucrânia: pediu o Papa Francisco no Domingo de Ramos, fazendo votos por «uma verdadeira negociação» mesmo que preveja «também alguns sacrifícios... De facto — perguntou usando uma imagem fortemente evocativa — que tipo de vitória será aquela que coloca uma bandeira sobre uma pilha de escombros?». O apelo do Pontífice ecoou no Angelus no final da celebração da Missa na Praça de São Pedro, onde o povo de Deus finalmente regressou após os encerramentos devido à pandemia: 65.000 fiéis participaram no rito presidido pelo Bispo de Roma no adro da Basílica do Vaticano. Na sua homilia, após a proclamação da Paixão do Senhor segundo Lucas, o Papa frisou que «quando se usa a violência... chega-se a crueldades absurdas. Vemos isto na loucura da guerra, onde Cristo é de novo crucificado», disse, observando que hoje «Cristo é de novo pregado na cruz nas mães que choram a morte injusta dos seus maridos e filhos; nos refugiados que fogem das bombas com crianças nos braços; nos idosos que se deixa morrer sozinhos, nos jovens privados de futuro, nos soldados enviados para matar os seus irmãos».
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