«Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum». Por esta razão, o Papa Francisco convidou «a fazer do próximo dia 2 de março, quarta-feira de Cinzas, um Dia de jejum pela paz» para que o mundo possa ser preservado «da loucura da guerra». O apelo motivado pela «grande dor no coração devido ao agravar-se da situação na Ucrânia» ressoou no final da audiência geral durante as saudações aos grupos presentes, entre os quais os de língua portuguesa.
Tenho uma grande tristeza no coração pelo agravamento da situação na Ucrânia. Apesar dos esforços diplomáticos das últimas semanas, estão a abrir-se cenários cada vez mais alarmantes. Como eu, muitas pessoas em todo o mundo sentem angústia e preocupação. Uma vez mais, a paz de todos é ameaçada por interesses de parte. Gostaria de apelar a quantos têm responsabilidades políticas para que façam um sério exame de consciências perante Deus, que é o Deus da paz, não da guerra; que é o Pai de todos, não apenas de alguns, que quer que sejamos irmãos, não inimigos. Peço a todas as partes envolvidas para que se abstenham de qualquer ação que possa causar ainda mais sofrimento às populações, desestabilizando a convivência entre as nações e desacreditando o direito internacional.
E agora gostaria de apelar a todos, crentes e não-crentes. Jesus ensinou-nos que à diabólica insensatez da violência se responde com as armas de Deus, com a oração e o jejum. Convido todos a fazer no próximo dia 2 de março, quarta-feira de Cinzas, um Dia de jejum pela paz. Encorajo de modo especial os crentes a fim de que naquele dia se dediquem intensamente à oração e ao jejum. Que a Rainha da paz preserve o mundo da loucura da guerra.
Queridos fiéis de língua portuguesa, sede bem-vindos! Com a minha saudação, deixo o convite a fazer-vos peregrinos em espírito à Cátedra do Apóstolo Pedro e com ele encontrar o Senhor Jesus que nos diz: Segue-me! Lembremos que segui-lo significa sair de nós mesmos e comunicar a vida a todos, concretamente, dando o nosso tempo ao avô, à avó, aos idosos. Sobre todos vós e as vossas famílias, invoco a alegria e a paz do Senhor!