· Cidade do Vaticano ·

Audiência à Casa do espírito e das artes

Uma semente de esperança contra a cultura do descarte

 Uma semente de esperança  contra a cultura do descarte  POR-007
15 fevereiro 2022

Uma “semente de esperança” para «construir com as “pedras descartadas” uma casa onde se respire um clima de amizade social e de fraternidade»: assim descreveu o Papa Francisco a obra da fundação Casa do espírito e das artes, recebendo na manhã de 4 de fevereiro uma delegação na sala Clementina.

Prezados irmãos e irmãs
bom dia e bem-vindos!

Obrigado por esta visita. Agradeço ao meu amigo Arnoldo Mosca Mondadori a sua apresentação. Obrigado, Arnoldo!

Saúdo os presos dos cárceres de San Vittore de Milão, de Ópera e de Alba, com os diretores e o pessoal. Felicito-vos pelo vosso trabalho. São atividades artesanais e têm também um simbólico valor cristão: preparar as hóstias para a celebração eucarística; construir instrumentos musicais com madeira recuperada dos barcos dos migrantes; a carpintaria, como São José e Jesus; a produção de vinho, que é o símbolo da festa, recordemos as bodas de Caná...

Saúdo as pessoas refugiadas, que fazem trabalhos de alfaiataria.

Saúdo as mães solteiras, com os seus filhos.

Saúdo as pessoas com deficiências, que também colaboram para preparar as hóstias e os violinos.

Saúdo os músicos da orquestra multiétnica, com os diretores e o maestro Piovani que compôs a música para o “Violino do mar”.

Saúdo as pessoas que vieram da Espanha, do Brasil e da Argentina, assim como os voluntários e os colaboradores.

Agradeço a todos vós, porque sois uma semente de esperança. Com o apoio da Fundação “Casa do Espírito e das Artes”, dais sinais que se opõem à cultura do descarte, infelizmente generalizada. Ao contrário, com as “pedras descartadas” procurais construir uma casa onde se respire um clima de amizade social e de fraternidade. Nem tudo é fácil — como bem sabemos — e nem tudo são “rosas e flores”! Cada um de nós tem os seus limites, os seus erros, os seus pecados. Todos nós! Mas a misericórdia de Deus é maior, e se nos aceitarmos como irmãos e irmãs, Ele perdoa-nos e ajuda-nos a seguir em frente.

Irmãos e irmãs, recordemos com gratidão todos aqueles que contribuem para o trabalho da Fundação; e dirijo um pensamento grato e orante em particular à Senhora Marisa Baldoni.

Agradeço-vos mais uma vez e encorajo-vos a ir em frente. Nossa Senhora e São José vos acompanhem. Que tenhais sempre entre vós e nos vossos laboratórios o espírito da casa de Nazaré! Abençoo-vos com afeto. E vós, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

Obrigado!