· Cidade do Vaticano ·

Testemunho

A proximidade entre a Igreja e os jovens

 A proximidade entre a Igreja e os jovens  POR-021
26 maio 2021

O meu nome é Gelson Fernando Augusto Dinis. Venho de Angola, de Luanda. Tenho 24 anos. Sou seminarista, formado em filosofia e teologia. Atualmente estudo teologia dogmática na Pontifícia Universidade Urbaniana.

Tive a oportunidade de ler o documento “Orientações pastorais para a celebração da Jornada mundial da juventude nas Igrejas particulares”. A sua profundidade e beleza impressionaram-me muito. Especialmente a ênfase que dá ao papel da Igreja como mediadora do encontro dos jovens com Deus, e dos seus ministros como facilitadores deste encontro. Na Igreja, todos devem sentir-se acolhidos e amados, mas principalmente acompanhados, e em particular os jovens, que são chamados a ser testemunhas do amor de Deus, cada qual lá onde se encontra.

A Jornada mundial da juventude nasceu precisamente com este intuito: manifestar o amor de Cristo aos jovens através da proximidade com a Igreja. Os jovens são os seus filhos preciosos e muito amados, que devem estar no centro da sua missão evangelizadora.

Os jovens, pérolas preciosas da Igreja, encontram nas Jornadas da juventude diocesanas uma oportunidade não só de experimentar a comunhão eclesial, mas também de aprenderem a sentir-se membros da comunidade em que se encontram. Por esta razão, nestas ocasiões, é fundamental a proximidade do pároco, a fim de que os jovens se sintam acolhidos e compreendam que são essenciais para a missão da Igreja, que não exclui ninguém.

Além disso, as Jornadas são também um espaço vocacional, de verdadeira descoberta da vontade de Deus nas nossas vidas. Eu mesmo, em alguns encontros como estes, tive experiências importantes no meu caminho vocacional. Por exemplo: antes de vir a Roma, pude participar tanto de algumas missas de celebração diocesana da jmj, presididas pelo bispo da minha diocese, quanto de diversas vigílias pelas vocações, algumas das quais realizadas nas diversas paróquias da diocese, para envolver os jovens. A dedicação e a proximidade dos que me guiavam fizeram com que, alguns anos depois, eu próprio desejasse entrar no seminário.

Por isso, como foi bem destacado no documento, a proximidade dos pastores, sejam bispos ou sacerdotes, particularmente nessas ocasiões, serve de estímulo para o discernimento dos jovens. Mas além do acompanhamento dos bispos ou sacerdotes, o testemunho da família é fundamental — principalmente dos casais mais jovens — para que cada jovem, evangelizado pela presença destes, descubra em si o plano de Deus e não tenha medo de fazer uma escolha definitiva para a sua vida.