A morte de crianças
«Acompanho com enorme preocupação o que está a acontecer na Terra Santa. Nestes dias, prevaleceram violentos conflitos armados entre a Faixa de Gaza e Israel, e correm o risco de degenerar numa espiral de morte e destruição. Numerosas pessoas foram feridas e muitos inocentes morreram. Entre eles há também crianças, e isto é terrível e inaceitável. A sua morte é sinal de que não se quer construir o futuro, mas deseja-se destruí-lo. Além disso, o aumento do ódio e da violência que atinge várias cidades em Israel é uma ferida grave para a fraternidade e a convivência pacífica entre os cidadãos, que será difícil de curar, se não nos abrirmos imediatamente ao diálogo. Pergunto-me: onde levarão o ódio e a vingança? Pensamos realmente que podemos construir a paz, destruindo o outro? «Em nome de Deus, que criou todos os seres humanos iguais em direitos, deveres e dignidade, chamando-os a conviver como irmãos entre si» (cf. Documento sobre a fraternidade humana) apelo à calma e, aos responsáveis, que façam cessar o barulho das armas e percorrer os caminhos da paz, inclusive com a ajuda da Comunidade internacional. Oremos incessantemente para que israelenses e palestinianos possam encontrar o caminho do diálogo e do perdão, para ser pacientes construtores de paz e justiça, abrindo-se passo a passo a uma esperança comum, à convivência entre irmãos. Rezemos pelas vítimas, especialmente pelas crianças; oremos à Rainha da paz pela paz. Ave Maria...»
(Papa Francisco, Regina caeli de 16 de maio)