No seu onomástico, o Papa Francisco decidiu dar vida a uma sóbria e familiar “festa” com os pobres. E assim, no dia de São Jorge, 23 de abril, pouco depois das 10h30, foi ao átrio da Sala Paulo vi para estar com cerca de 600 pessoas em fila para a segunda dose da vacina contra a Covid-19: a primeira receberam-na durante a Semana Santa.
Francisco ofereceu pessoalmente uma pequena festa com ovos de chocolate, sanduíches, biscoitos e sumos de fruta. Nesta atmosfera de simplicidade, saudou todos os presentes ao longo do eficiente “percurso” estabelecido na sala — que se transformou num “ambulatório” — para consentir a aplicação da vacina da melhor maneira. E, como em todas as boas festas de família, cantou-se a tradicional canção de bons votos para o onomástico.
A visita de Francisco suscitou profunda emoção entre as pessoas frágeis e marginalizadas que estavam na fila, acompanhadas por várias instituições de caridade romanas (ontem especialmente pelas Missionárias da Caridade) e acolhidas por voluntários que servem, em particular, no Dispensário pediátrico Santa Marta e no ponto de acolhimento da colunata na praça de São Pedro, juntamente com alguns representantes de vários hospitais romanos. Entre outros, estava presente o diretor do hospital Spallanzani, Francesco Vaia, que está na linha da frente na luta contra o vírus.
O pedaço de chocolate e os biscoitos oferecidos pelo Papa, e distribuídos pelo pessoal voluntário sempre no absoluto respeito das medidas sanitárias, deu mais um toque de familiaridade ao dia.
Por fim, o Pontífice quis encorajar pessoalmente os voluntários, agradecendo-lhes o testemunho de serviço e recomendando-lhes que «deem continuidade ao compromisso». Por intermédio do cardeal esmoler Konrad Krajewski, Francisco dirigiu palavras de gratidão a quantos contribuíram para tornar possível o procedimento de vacinação e a iniciativa da “vacina suspensa” que permitirá que muitas pessoas sejam alcançadas, inclusive nas zonas mais pobres. Pouco depois das 11 horas, o Sumo Pontífice regressou à Casa Santa Marta.